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Reservas angolanas fixam-se nos 24 mil milhões de dólares em Janeiro

As reservas internacionais angolanas desceram ligeiramente no primeiro mês de 2016, cerca de 16 milhões de dólares, face a Dezembro, indicam dados do Banco Nacional de Angola (BNA) a que a Lusa teve acesso.

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A informação consta de um relatório mensal do BNA sobre a evolução das Reservas Internacionais Líquidas angolanas (RIL), que no final de Janeiro desceram para 24.534 milhões de dólares, contra os 24.550 milhões em Dezembro.

Estas reservas em moeda estrangeira são necessárias para garantir nomeadamente as importações nacionais de matéria-prima ou de alimentos, sendo a contínua redução que se verifica há mais de um ano e meio justificada com a crise da cotação internacional do petróleo, que diminuiu as receitas angolanas e com isso a entrada de divisas no país.

Estas reservas desceram dez por cento em 2015, elevando as perdas a quase seis mil milhões de euros em dois anos, tendo em conta os máximos históricos de 2013.

A redução de entrada de divisas no país levou por sua vez à diminuição no volume das RIL, mas que segundo o Governo terminaram o ano de 2015 num nível suficiente para garantir mais de seis meses de importações, mas o valor mais baixo em cinco anos.

As reservas contabilizadas pelo BNA são constituídas com base em disponibilidades e aplicações sobre não residentes, bem como obrigações de curto prazo.

Neste quadro, o governador do BNA anunciou em Janeiro último que a instituição está a promover a "racionalização" de divisas aos bancos comerciais, mas assegurou que os recursos disponíveis para 2016 "são suficientes".

José Pedro de Morais Júnior falava na sequência da aprovação, em Conselho de Ministros, da estratégia nacional para fazer face à contínua diminuição das receitas petrolíferas angolanas, que contempla precisamente, entre outros aspectos, a priorização do acesso a divisas para os sectores produtivos nacionais.

"Para 2016, temos os recursos em divisas suficientes para gerar as taxas de crescimentos que estão a ser apontadas ou que serão fixadas no quadro dos investimentos de programação do Governo", disse o governador.

Admitiu, contudo, uma "redução" na "liberalização" que até agora existia na banca comercial, sobre a disponibilização das divisas que compravam em leilões ao BNA, que "neste novo quadro" passam a ter uma "maior racionalização" na sua distribuição.

A falta de divisas em Angola tem levado os bancos comerciais a aplicarem restrições - ou simplesmente suspender - aos levantamentos de dólares aos balcões, divisas necessárias para assegurar viagens ao estrangeiro, para assegurar despesas de educação ou de saúde no exterior.

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