"Está em preparação e num estágio bastante avançado o lançamento de uma plataforma de segurança empresarial e gestão de ameaças, concebida para certificar e incentivar a adaptação de boas práticas de cibersegurança nas empresas, independentemente da sua dimensão", afirmou o governante, quando discursava, esta Sexta-feira, na abertura do 2.º Fórum de Governança da Internet em Angola.
O titular da pasta das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social explicou que esta plataforma é fruto de um estudo de mais de duas dezenas de normas internacionais de cibersegurança, se esquecer a realidade das empresas nacionais.
"O surgimento desta plataforma nasce de um profundo estudo de mais de 20 normas internacionais de cibersegurança, mas sem perder de vista as necessidades e realidade objectiva das nossas empresas", afirmou.
"O resultado deste trabalho consistirá num sistema flexível, de classificação para as empresas, adaptável à dimensão e ao grau de maturidade digital de cada entidade, permitindo que nenhuma fique excluída por falta de recursos ou de conhecimento", acrescentou.
Na sua intervenção, Mário Oliveira explicou que a certificação será centrada em "pilares fundamentais", como o "controlo de acessos e autenticação, encriptação de dados, gestão de riscos".
Segundo o ministro, o que se pretende com a adesão ao referido programa, "por via deste aplicativo, que deverá chamar-se SEGA – Segurança Empresarial e Gestão de Ameaças" passa por "impulsionar a passagem do conhecimento sobre a segurança digital nas empresas e organizações e a implementação de boas práticas internacionais recomendáveis".
Mário Oliveira adiantou que, no âmbito do programa, está igualmente prevista "a atribuição de um selo de reputação digital, emitido pelo Infosi [Instituto Nacional de Fomento da Sociedade da Informação], que comprovará o compromisso da empresa com a segurança online".
"Este reconhecimento, com certeza, que trará benefícios competitivos, como acesso a programas de apoio, benefícios financeiros, uma vez que demonstrará a responsabilidade e solidez da empresa ou instituição na esfera digital", apontou.
Considerou ainda que o SEGA vai promover "uma cultura de cibersegurança que, de forma orgânica e sistemática, fortalecerá a economia digital do país, potenciando o desenvolvimento socioeconómico através de transacções mais seguras e fiáveis".
"Ao elevarmos o nível de protecção das nossas empresas, colocar-nos-emos numa posição de destaque na região, demonstrando capacidade de adaptação às exigências tecnológicas sem negligenciar as especificidades do nosso tecido empresarial", afirmou.
Organizado pelo Infosi, o 2.º Fórum de Governança da Internet em Angola é subordinado ao lema "Por uma Internet Segura, Inclusiva e Sustentável", juntando especialistas, profissionais, representantes governamentais, académicos e membros da sociedade civil para abordarem políticas e práticas acerca da governança digital no país.
"A Massificação e a Inclusão Digital como Factor de Desenvolvimento Económico e Social"; "Os Desafios da Transferência, Sustentabilidade e Confiança na Inteligência Artificial", entre outras, são algumas das matérias em discussão neste evento.