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Parlamento dividido aprova proibição de mineração de criptomoedas

O parlamento aprovou, esta Quarta-feira, a proposta de lei sobre Mineração de Criptomoedas e Outros Activos Virtuais, mas os deputados mostraram-se divididos quanto à proibição desta actividade que consideraram prejudicial à inovação tecnológica.

: Ampe Rogério/Lusa
Ampe Rogério/Lusa  

A proposta de lei foi aprovada com 104 votos a favor, dois contra e 71 abstenções.

Na sua declaração de voto, a deputada Florbela Malaquias, do PHA, sublinhou que ilegalizar a actividade e apreender o equipamento equivale a excluir o país do mercado de inteligência artificial e de uma parcela significativa da economia mundial em crescimento e coartar a possibilidade de investigação científica nesta área.

Do grupo parlamentar da UNITA, a deputada Albertina Ngolo, referiu que a abstenção deveu-se ao facto de entenderem que legislar sobre a referida matéria é um "desafio complexo" devido à natureza descentralizada e global dessas tecnologias.

Para a deputada da oposição, é necessária uma compreensão clara das tecnologias por detrás das criptomoedas, para se garantir que as leis sejam eficazes e não prejudiquem a inovação tecnológica.

João Pilamosi Domingos, do MPLA, na sua declaração de voto, considerou que é de suma importância a garantia da soberania monetária e fiscal, bem como a função do banco central angolano como única autoridade legal para a emissão de notas e moedas metálicas em formatos físico e digital, não competindo a nenhuma outra entidade esta tarefa.

Esta proposta de lei proíbe o exercício da actividade de mineração de criptomoedas em todo o território nacional e os serviços profissionais a elas associadas e delimita a circulação de moedas virtuais não emitidas por bancos centrais.

A mineração de criptomoedas é o processo de validação e introdução de transacções numa base de dados partilhada que usa uma tecnologia específica, designada de 'blockchain'. Tem associado um alto consumo de energia com grande impacto ambiental.

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