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Parlamento aprova por unanimidade Lei de Antidopagem no Desporto

O parlamento aprovou, esta Quarta-feira, por unanimidade, a Lei de Antidopagem no Desporto. O documento passou no crivo dos deputados com 172 votos a favor, nenhum contra e nenhuma abstenção.

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A votação teve lugar na quarta Reunião Plenária Extraordinária da segunda Sessão Legislativa da V Legislatura.

Citada num comunicado do parlamento, a que o VerAngola teve acesso, a deputada Maria Odeth Tavares, em representação do grupo parlamentar do MPLA, afirmou que o seu partido votou favoravelmente, "por entender que o doping é uma ameaça séria para o mundo desportivo e da saúde dos seus praticantes, quer no desporto de alta competição quer no de alto rendimento ou desporto de recreação".

A deputada, também antiga desportiva de alta competição, destacou igualmente que o doping vai contra "os princípios fundamentais de fair play, justiça, honestidade, responsabilidade e benevolência".

Já o deputado Olívio Kilumbo, do grupo parlamentar da UNITA, disse que o voto foi a favor porque consideram que a lei "é essencial para garantir a confiança no desporto e a protecção da saúde dos atletas", lê-se no comunicado.

O partido do 'Galo Negro', adianta a nota, diz ainda reconhecer que existe, no desporto, um enorme valor económico, activo que lhe torna uma verdadeira questão de Estado e um factor de poder, "sobretudo para aqueles países que o exercício da boa governação está no DNA da classe detentora do poder executivo do Estado".

O deputado aproveitou ainda a ocasião para lamentar "​a sanção de suspensão" do país das competições internacionais aplicada pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), tendo sugerido que tal ocorre de "uma falta de prioridades nos assuntos governativos do país".

Já o deputado Fernando Diniz, do Partido Humanista de Angola (PHA) "enfatizou a importância da adopção da Lei Antidopagem no Desporto, em conformidade com as directrizes" da AMA, aponta o comunicado.

Segundo o deputado, "a postura proactiva contra o doping no desporto eleva Angola como um membro responsável da comunidade desportiva internacional, que defende a honestidade e ética nas competições".

Refira-se que com esta aprovação, o país fica a cumprir com os "compromissos assumidos com a adesão à Convenção Internacional Contra a Dopagem no Desporto e da UNESCO, em 2009, que automaticamente a tornou membro de pleno direito da Agência Mundial Antidopagem (AMA) e da Agência Antidopagem".

Esta Quarta-feira, além da Lei de Antidopagem no Desporto, a Assembleia Nacional também aprovou a proposta de lei que proíbe a actividade de mineração de criptomoedas e outros activos virtuais. Segundo a Angop, o documento passou com 104 votos a favor, 71 abstenções e dois votos contra.

O parlamento aprovou também, por unanimidade, a Proposta de Lei que Altera a Lei Orgânica dos Tribunais da Relação.

O deputado Fernando Diniz, do PHA, na sua declaração de voto, frisou que com a presente lei ficam acautelados os direitos dos magistrados a salários compatíveis à função, ficando também assegurado o bom funcionamento do sistema jurídico.

Já a deputada Miahela Weba, do grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), disse que esta lei vem repor a justiça no que diz respeito à equiparação remuneratória entre os juízes desembargadores e os subprocuradores-gerais da República, mas ressalvou que é necessária a melhoria de condições de trabalho e aumento de magistrados judiciais reclamada pelos magistrados da Relação.

Por sua vez, o deputado Joaquim de Almeida, do grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), frisou que “é de plena justiça” a uniformização dos salários, sublinhando que o sector da Justiça constitui um dos principais pilares do Estado.

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