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Oito potenciais investidores para refinaria do Lobito em processo de avaliação

A petrolífera estatal Sonangol está a avaliar oito empresas, seleccionadas entre 39 que manifestaram interesse, para participar no investimento para a construção da refinaria do Lobito, disse esta Sexta-feira o presidente do Conselho de Administração.

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Gaspar Martins adiantou esta Sexta-feira, em conferência de imprensa, que em 2021 foi feita uma licitação para a procura de investidores, mas grande parte das entidades pretendiam participar na construção, e não no investimento.

"Não foi para este efeito que o concurso havia sido pensado. E foi por isso que nós decidimos pegar nesta responsabilidade e porque a tutela orientou que nós assumíssemos essa responsabilidade e estamos a assumir mesmo", referiu Gaspar Martins.

O PCA da Sonangol frisou que existem várias manifestações de interesse, depois de clarificados os objectivos, "e muito brevemente" serão anunciadas as empresas que irão participar, lembrando que recentemente o Governo da Zâmbia manifestou interesse numa participação de 15 por cento numa infra-estrutura.

Gaspar Martins informou que a engenharia está em curso em Houston, Estados Unidos da América, com custos suportados pela petrolífera estatal.

Por sua vez, o administrador executivo da companhia petrolífera, Joaquim Fernandes, adiantou que algumas empresas, depois do fecho do concurso, chegaram a propor à Sonangol que houvesse garantia soberana do Estado para entrarem na sociedade, enquanto outras que solicitaram alguns montantes de petróleo bruto por dia.

"Não era esta a intenção do concurso, superiormente fomos orientados a seguir em frente. A Sonangol tomou a liderança do processo, no entanto, fomos tendo outras manifestações [de interesse], 39 empresas submeteram cartas de intenção e fomos trabalhando com elas", sublinhou.

Das 39 empresas avaliadas depois dos critérios adoptados, oito foram seleccionadas e serão submetidas a avaliação, no que se refere à sua capacidade financeira e prova de fundos, bem como a capacidade técnica e experiência nesse sentido.

"Temos o relatório preliminar de engenharia já emitido e (...) para que nas próximas semanas possamos já fazer a indicação de quem poderão ser as outras entidades, que connosco poderão fazer parte da estrutura societária da Refinaria do Lobito", acrescentou Joaquim Fernandes.

O projecto de construção e operacionalização da Refinaria do Lobito, com uma capacidade nominal de 200 mil barris de petróleo por dia, está em curso, prevendo-se a sua conclusão em 2026.

Presidente da Sonangol diz que são para manter participações no BCP e Galp

O presidente do conselho de administração da Sonangol disse esta Sexta-feira que são para manter as participações no BCP e Galp, investimentos considerados estratégicos.

"Enquanto tivermos condições para continuar naquela actividade, sim vamos continuar, também estamos na Galp, é com o mesmo princípio, enquanto tivermos condições vamos continuar, são os principais activos", referiu Gaspar Martins, em conferência de imprensa.

Na sua intervenção, o administrador-executivo, Osvaldo Inácio, reforçou dizendo que "esses investimentos são estratégicos e são para manter".

"E como qualquer investimento continuam a ser reavaliados, mas até ao momento são investimentos estratégicos a manter e rentáveis. Aliás, recentemente [a Galp] publicou os seus resultados e os resultados foram muito positivos e obviamente será positivo também para a Sonangol em termos de dividendos", realçou Osvaldo Inácio.

A Sonangol é o segundo maior accionista do BCP, com 14,49 por cento de participação, enquanto na Galp detém indirectamente uma participação de 45 por cento na holding Amorim Energia, maior accionista da petrolífera Galp com cerca de 33 por cento.

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