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Mike Pompeo revela que EUA e Angola reiniciaram diálogo sobre energia

O secretário de Estado Mike Pompeo disse na Segunda-feira que os Estados Unidos da América (EUA) e Angola reiniciaram o diálogo sobre energia e criticou a “cultura da impunidade”, que tem prejudicado o crescimento económico e bem-estar do povo angolano.

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Dirigindo-se aos líderes empresariais no Museu da Moeda, em Luanda, o secretário de Estado norte-americano disse que "em Angola, os danos da corrupção são bastante claros" e que abordou o assunto durante o seu encontro com o Presidente, João Lourenço, e com o seu homólogo, Manuel Augusto.

Insistindo que a corrupção é "inimiga do crescimento e progresso de uma nação", Mike Pompeo assinalou que Angola esteve "refém" destas práticas durante muito tempo e incentivou à continuidade da agenda de reformas que João Lourenço estabeleceu para fomentar mais negócios e o retorno das instituições financeiras.

"Faremos a nossa parte para ajudar os angolanos a alcançar a prosperidade", declarou Pompeo, numa intervenção divulgada pelo Departamento de Estado norte-americano, elencando várias iniciativas de apoio ao investimento.

Entre estas, o governante norte-americano abordou a iniciativa Prosper África para impulsionar o comércio e o investimento e assinalou que os EUA e Angola estão a reiniciar o diálogo sobre energia, que será retomado em Junho.

Lembrou ainda que os EUA ajudaram as empresas de electricidade angolanas em 2019 a preparem-se para um empréstimo do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), no valor de 530 milhões de dólares para a interligação das redes eléctricas, e que têm uma significativa presença no sector da energia, "que está a crescer".

Exemplo disso são os dois mil milhões de dólares anunciados por um consórcio para um projecto de gás natural, que "vai beneficiar as empresas americanas, mas também o povo angolano", realçou.

Pompeo falou igualmente sobre a nova Corporação para o Financiamento do Desenvolvimento, com cerca mês e meio, iniciativa focada na captação de investimento privado em países em desenvolvimento em sectores-chave como agricultura, infra-estruturas e energia.

"Grande parte dos 60 mil milhões de dólares estarão disponíveis em África", destacou.

O responsável norte-americano considerou que a missão de aumentar a transparência financeira e combater a corrupção é "incrivelmente difícil", mas disse que confia em Angola, tal como o país africano deve confiar nas empresas americanas que "estarão ao seu lado para alcançar um nível de excelência" no que diz respeito ao Estado de direito e normas.

"Queremos ser bons parceiros aqui para o povo angolano e para as transições que estão a ocorrer aqui em Angola. Eu sei que podemos conseguir isso juntos", salientou, na mesa redonda, com os líderes de negócios.

Mike Pompeo deixou Luanda a meio da tarde desta Segunda-feira, em direcção a Adis Abeba, capital da Etiópia, onde irá concluir o seu périplo africano.

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