A informação foi avançada pelo presidente do conselho de administração da ANPG, Paulino Jerónimo, quando fazia o balanço de um ano de actividades da agência, comemorado Quinta-feira.
Segundo Paulino Jerónimo, o país busca garantir os melhores padrões de saúde, segurança e ambiente adoptados internacionalmente, promovendo assim a sustentabilidade do sector petrolífero.
"Estamos a trabalhar nesta altura na elaboração dos processos ligados à área de saúde, segurança e ambiente, temos estado em contacto permanente com o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos e o Ministério do Ambiente no sentido de trabalharmos, em conjunto, para garantir o cumprimento das melhores práticas para a indústria", referiu.
Segundo o responsável da concessionária, periodicamente tem sido aferido o estado das instalações petrolíferas no país, mas, nos últimos anos, tem havido "alguns problemas graves", como foi o caso do Bloco 2.
"Em que já tivemos cerca de três incêndios, nos últimos quatro, cinco, anos e tem sido também constante a reclamação do Ministério do Ambiente em relação aos derrames", salientou.
"De tal maneira, que nós vamos em conjunto com o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos fazer uma inspecção, para aferir o estado de integridade das instalações petrolíferas", acrescentou.
Por sua vez, a administradora da ANPG, Natacha Massano, referiu que são instalações que já produzem há bastante tempo e alguns problemas hoje existentes de pequenos de derrames, na ordem de um barril de petróleo por dia, deve-se ao envelhecimento das instalações.
Natacha Massano adiantou que as empresas têm sido responsabilizadas e têm criado as condições para minimizar o impacto desses derrames nas zonas afectadas.
Na passada Segunda-feira, o Ministério do Ambiente anunciou que está a investigar as causas e os danos de um derrame de petróleo ocorrido no mar do Soyo, província do Zaire.
Na edição de Sexta-feira, o Jornal de Angola noticiou que 100 pescadores foram afectados por este derrame, registado Sábado, no município do Soyo, tendo atingido as praias do Quinfuquena e Tómbe, ficando sem os seus meios de trabalho.
As manchas do derrame de petróleo bruto atingiram as redes, anzóis e outros materiais, segundo relato de alguns pescadores que actuam na área afectada, onde cerca de 19 associações de pescadores exercem a sua actividade.
Técnicos do Ministério do Ambiente trabalharam, Quarta-feira, ao longo de cerca de 60 milhas da costa marítima do Soyo, junto aos Blocos 2 e 3, onde recolheram amostras para análises físico-químicas e biológicas, para se conhecerem as causas do derrame.