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Líder do MPLA apela à revitalização das estruturas de base do partido

O líder do MPLA, partido no poder, recomendou esta Quarta-feira a realização de um novo estudo, para revitalizar os comités de acção do partido, que devem controlar o número exacto de membros existentes nessas estruturas de base.

DR:

José Eduardo dos Santos, ex-chefe de Estado, discursava na abertura de uma reunião do secretariado do Bureau Político (BP) do MPLA, a segunda que se realiza esta semana, na qual o líder fez considerações sobre a vida interna do partido e sugestões para o reforço da coesão e da unidade.

Os comités de acção são as estruturas de base do partido, começou por lembrar José Eduardo dos Santos, "e, por conseguinte, a sua organização fundamental".

Segundo o ex-Presidente da República, que assumiu o poder entre 1979 e 2017, essas estruturas locais estão hoje implantadas em residências ao invés dos locais de trabalho, como acontecia "no tempo do partido único", uma mudança que "provocou constrangimentos que ainda não foram todos resolvidos".

Entre esses constrangimentos, citou José Eduardo dos Santos, estão "os locais de reunião de trabalho para as sedes dos comités, um número elevado de membros em alguns comités, o controlo da quotização e outros".

"Precisa-se de um novo estudo para a revitalização dos comités de acção do partido, que deve passar pelo levantamento exacto do número de membros existentes em cada comité e em cada município e pela avaliação das condições, para garantir o seu funcionamento e definir o número mínimo e máximo de membros em cada comité de acção do partido, o projecto do programa da vida interna do comité de acção do partido e o trabalho do comité de acção com a comunidade local", frisou.

Outra preocupação levantada também pelo presidente do MPLA tem a ver com a distinção entre a vida interna do partido e o trabalho dos militantes que desempenham funções no Governo.

De acordo com José Eduardo dos Santos, os segundos secretários provinciais e municipais do partido ocupam-se fundamentalmente da execução das tarefas da vida interna, enquanto os governadores provinciais e administradores se ocupam essencialmente das tarefas do governo.

"Esse deveria ser o princípio, não sei se tem sido sempre observado esse princípio. Este mesmo raciocínio pode estender-se à actividade nos comités de acção do partido nos municípios. Será que temos feito essa divisão de trabalho das nossas estruturas do partido, do escalão intermédio e os comités de acção, já coloquei essa questão, é uma interrogação que deixo para reflexão", questionou.

Para José Eduardo dos Santos, há um vazio, que pode rapidamente ser ocupado pelos militantes de base, que devem demonstrar a sua capacidade de mobilização e organização de base no seio das organizações de base do partido.

Por outro lado, apelou ao partido o apoio para o esforço do Governo de promoção de iniciativas para o surgimento de micro, pequenas e médias empresas privadas, nos sectores agrícola, industrial, comércio e outras, para o aumento do crescimento da riqueza, da economia e do emprego.

"O partido deve apoiar este esforço nacional, motivando os seus membros que queiram ser pequenos homens empreendedores, aproveitando a igualdade de oportunidades criadas pelas instituições públicas", salientou.

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