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Novabase superou pela primeira vez 100 milhões em facturação fora de Portugal

A Novabase superou pela primeira vez em 2015 os 100 milhões de euros de facturação fora de Portugal, acelerando na Europa e Estados Unidos, mas avançando "com mais cautela" nos mercados mais voláteis, como Angola e Moçambique.

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"Facturamos 106 milhões de euros fora de Portugal em 2015", disse à Lusa o presidente da Novabase, Luís Salvado, depois de a tecnológica ter apresentado um lucro de 7,4 milhões de euros no ano passado, mais 139 por cento face a 2014, e um aumento do volume de negócios de 5 por cento, para 231,6 milhões de euros, "devido aos notáveis 22 por cento de crescimento do negócio internacional".

O negócio fora de Portugal representa já 46 por cento do total, sendo que só as operações na Europa cresceram 44 por cento, representando mais de metade da actividade não doméstica, no conjunto do Reino Unido, Irlanda, Bélgica, Polónia, Turquia, Espanha, Holanda e Luxemburgo, entre outros.

Luís Salvado destaca "a aposta muito forte" no Reino Unido, na Irlanda e na Turquia, onde a empresa tem em curso diversos projectos. No Reino Unido, a Novabase abriu inclusive, através da empresa Celfocus, um escritório no último trimestre de 2015 que irá permitir-lhe alargar o seu negócio na Europa.

Luís Salvado adiantou ainda que a Novabase alcançou "grandes sucessos" nos Estados Unidos, "com uma oferta para um dos maiores bancos do mundo" e um outro contrato com uma das maiores empresas alimentares a nível mundial, através de uma parceria com uma empresa holandesa. "Estamos a assinar um contrato de investimento de um ano com o banco, resultado da nossa participação em feiras internacionais e processos comerciais", disse, sem acrescentar mais pormenores, apenas revelando ter "mais manifestações de interesse do mercado norte-americano". "Isto mostra que somos competitivos fora de Portugal, em continentes diferentes e mercados sofisticados", reforçou.

A Novabase tem ainda operações em Angola e Moçambique e negócios na Argélia, Gana, África do Sul e Quénia, tendo ainda actividade internacional no Médio Oriente.

O caminho da internacionalização manterá este ano a sua trajectória, mas adaptada ao contexto específico dos diversos mercados onde opera e aos riscos da actual situação macroeconómica global. "Vamos acelerar nos mercados mais estáveis e ter mais cautela nos mercados mais voláteis", disse Luís Salvado, referindo-se neste último ao caso a Angola e a Moçambique, por exemplo, aos quais a tecnológica pretende limitar a sua exposição, tendo em conta os riscos cambiais e a volatilidade.

Com estes ajustes, a Novabase pretende atingir este ano um volume de negócios acima dos 215 milhões de euros, dos quais mais de 45 por cento na actividade internacional, e um EBITDA (lucros brutos) entre os 14 milhões de euros e os 17 milhões de euros.

Para trás ficou 2015, um ano que Luís Salvado definiu como "mais um passo, numa série histórica de vários anos, onde se vê a progressão ao nível da internacionalização e dos serviços".

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