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Corredor do Lobito abre oportunidades à formação por empresas portuguesas

O secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação português destacou o papel das empresas portuguesas na formação em Angola, sublinhando que o Corredor do Lobito abre novas oportunidades neste domínio.

: Nuno Sampaio no Lubango em visita à Escola Portuguesa na cidade (Foto via Facebook Nuno Sampaio)
Nuno Sampaio no Lubango em visita à Escola Portuguesa na cidade (Foto via Facebook Nuno Sampaio)  

Nuno Sampaio, que terminou na Sexta-feira uma visita de três dias a Angola, fez um balanço "muito positivo" da visita que passou pelas províncias de Luanda e da Huíla, destacando a ligação entre a cooperação e o papel das empresas na formação profissional.

"É fundamental, neste ano que se comemoram 50 anos da independência de Angola, que estejamos juntos num trabalho conjunto e a reforçar em todas as dimensões a ligação entre Portugal e Angola", declarou.

Portugal quer continuar a ter um papel relevante no novo projecto europeu que sucede ao RETFOP (Revitalização do Ensino Técnico e da Formação Profissional de Angola), em articulação com os parceiros angolanos e os parceiros europeus, disse, realçando a presença das empresas portuguesas na realidade angolana.

"A formação profissional é um esteio para o desenvolvimento de qualquer país e é um dos esteios da cooperação entre Portugal e Angola, quer ao nível bilateral, quer no âmbito multilateral", disse Nuno Sampaio.

O secretário de Estado português apontou a grande oportunidade que se abre no Corredor do Lobito, onde "já estão a ser pensadas várias ideias de formação" e já há empresas portuguesas a dar formação.

No âmbito do futuro programa europeu, um dos objectivos, acrescentou, será a contribuição para um centro de excelência de formação profissional direccionado para o Corredor do Lobito.

Apesar de reconhecer que existem dificuldades e que a economia angolana "não atravessa um dos seus momentos mais pujantes", afirmou que as empresas portuguesas estão há muito tempo no mercado angolano e "são muito resilientes".

"Mas eu diria que um dos caminhos que temos de fazer é de que o ambiente de negócios seja cada vez mais propício a que as empresas que cá estão continuem a desenvolver a sua actividade, possam fazer novos investimentos e que haja capacidade de atracção de novas empresas", referiu, salientando que Portugal vai "continuar a trabalhar em conjunto com as autoridades angolanas".

Nuno Sampaio indicou que existem projectos de cooperação na área da justiça para melhorar o ambiente de negócios e segurança jurídica para que as empresas possam desenvolver a sua actividade e se sintam atraídas para investir em Angola.

Além das questões económicas, foram também abordadas com as autoridades angolanas matérias relacionadas com a mobilidade, quer em termos dos vistos, quer do acordo bilateral sobre Segurança Social que não entrou ainda em vigor, disse.

"Aquilo que eu posso dizer é que o Estado português está empenhado para que a mobilidade dentro da CPLP e, aqui em particular, a mobilidade entre Angola e Portugal seja cada vez mais ágil, seja cada vez mais uma realidade", disse o responsável à Lusa, frisando o empenho em ir "eliminando algumas dificuldades" que persistem, sem concretizar passos dados neste sentido.

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