"Realçamos a alocação de 100 milhões de dólares para a terraplanagem de 430 quilómetros das vias de acesso que interligam as principais áreas de interesse turístico na região transfronteiriça do Okavango, bem como a construção dos postos fronteiriços Dirico, Mucusso, Bwabwata e do Bico de Angola, no investimento estimado em 132 milhões de dólares", afirmou a ministra.
Ao falar, esta Quarta-feira, na abertura do primeiro Fórum de Investidores para a Região Angola do Okavango, Dalva Ringote afirmou ainda que se pretende com estes projectos "viabilizar o desenvolvimento do turismo na região".
"Pretendemos com esses projectos estruturantes viabilizar o desenvolvimento do turismo na região que, pelo seu carácter transversal, proporciona oportunidades de negócio nos mais variados sectores, sendo que o alcance desse desiderato passa necessariamente pela atracção de investidores nacionais e estrangeiros na região, uma vez que o sector privado é o principal dinamizador da actividade turística no nosso país na região, e no mundo em geral", afirmou, citada pela Rádio Nacional de Angola (RNA).
Na sua intervenção, entre outros aspectos, a ministra de Estado para a Área Social realçou que o sector do turismo "representa uma das principais prioridades do Executivo angolano no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento 2023-2027", visando a sua "dinamização no quadro do processo de diversificação da economia, sendo expectável a sua maior contribuição a nível do produto interno bruto".
Assim, convidou todos os agentes económicos privados a desempenharem "o seu papel no desenvolvimento" do referido sector: "Pelo que são chamados todos os agentes económicos privados, quer nacionais ou estrangeiros, a desempenhar o seu papel no desenvolvimento deste importante sector de actividade económica, ao abrigo da livre iniciativa privada, constitucionalmente protegida", afirmou, citado pela Televisão Pública de Angola (TPA).
Já segundo um comunicado do Governo Provincial do Cuando Cubango, a que o VerAngola teve acesso, o governador do Cuando Cubango, José Martins, considerou "haver muitas oportunidades em diversos sectores de investimentos no Cuando Cubango, desde o turismo, hotelaria e restauração, agricultura e pecuária, recursos minerais/petróleo e gás, agro-indústria, comércio e serviços, tendo por outro lado, reconhecido as dificuldades, sobretudo as que estão ligadas com a falta de vias de acesso, a necessidade de infra-estruturas rodoviárias, aeroportuárias e fluviais com vista na facilitação da mobilidade de pessoas e bens".
O primeiro Fórum de Investimentos na Região Angolana do Okavango decorreu na cidade de Menongue, subordinado ao lema "Explorando as oportunidades de negócio", tendo juntado cerca de 200 participantes.
