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EUA querem mais investimentos na capacidade produtiva em África

O secretário de Estado norte-americano Antony Blinken disse esta Quinta-feira em Angola que a capacidade produtiva em África deve ser reforçada com mais investimento e tecnologia para melhorar a segurança alimentar.

: Forbes África Lusófona
Forbes África Lusófona  

Na sua primeira declaração em território angolano, que teve lugar no Centro de Ciência de Luanda, ponto inicial da visita à cidade, Blinken considerou o espaço "simbólico" da colaboração entre os dois países, apontando as parcerias na área da ciência.

Destacou a adesão recente aos Acordos Artemis para o uso pacífico da exploração espacial e sublinhou a utilização dos dados recolhidos na investigação espacial para responder a preocupações como a mitigação dos efeitos da seca e o uso eficaz da água.

Angola, continuou, é também um dos primeiros países a juntar-se à Visão para as Culturas Adaptadas e Solo (VACS, na sigla inglesa), com que os Estados Unidos pretendem lidar com a segurança alimentar.

"Nos últimos anos, assistimos quase a uma tempestade perfeita entre covid-19, alterações climáticas e conflitos como a agressão russa, com forte impacto na segurança alimentar", afirmou.

Blinken disse que durante os seus encontros em África tem ouvido os seus parceiros falar sobre a necessidade de investimentos na sua capacidade produtiva, porque "precisam de ter um sistema forte para produzir alimentos", começando com duas coisas básicas, as sementes e o solo.

Exemplificou com o caso de Angola, onde algumas sementes tradicionais "incrivelmente nutritivas" podem ser tornadas mais resistentes aos efeitos da seca.

"Se tivermos sementes de qualidade e as pusermos num solo de qualidade, podemos ter um sistema mais resiliente e nutritivo", acrescentou, explicando que a iniciativa VACS, que está a ser construída com Angola e outros parceiros africanos, pretende ajudar África a alimentar-se e a alimentar outras partes do mundo.

"Queremos atingir novos picos, no espaço e na terra, e mostrar como estas duas coisas estão ligadas", salientou.

No centro destas parcerias, continuou Blinken, está a partilha e a transferência de tecnologia.

"Isso é tão importante como o investimento porque é isso que gera capacidade nos nossos países e lhes permite estarem fortes", disse o responsável norte-americano.

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