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Luso-angolana quer concorrer às eleições portuguesas para dar voz aos sub-representados

Uma luso-angolana quer concorrer às eleições legislativas portuguesas, marcadas para dia 10 de Março deste ano, com o intuito de “ser a voz daqueles que se sentem sub-representados”. Trata-se de Ossanda Liber que, para tal, está a tentar legalizar o seu partido político, denominado Movimento Nova Direita, junto do Tribunal Constitucional português.

: Facebook Ossanda Liber
Facebook Ossanda Liber  

Entre as motivações que levam a luso-angolana de 46 anos a querer participar nas eleições portuguesas consta o facto de achar que está na "hora de trazer uma nova perspectiva e abordagem para a política".

Segundo Ossanda Liber, a sua pretensão passa por dar "voz" aos que "se sentem sub-representados e que não encontram soluções políticas para as preocupações".

"Entendi que era hora de trazer uma nova perspectiva e abordagem para a política. Pretendo ser a voz daqueles que se sentem sub-representados e que não encontram soluções políticas para as preocupações, são eles os portugueses de origem africana, como eu, os conservadores, os empreendedores, e todos aqueles que amam o país e, como eu, angustiam-se perante a situação de decadência em que o país foi colocado", referiu, em declarações ao Jornal de Angola.

Assim, visando concretizar esta sua intenção, a luso-angolana está a tentar legalizar o Movimento Nova Direita, criado por si, junto do Tribunal Constitucional.

No entanto, esse processo não tem sido fácil. Ossanda Liber viu o pedido de legalização ser indeferido, num momento inicial, devido a assinaturas inválidas. "Depois de resolvermos a questão das assinaturas, o mesmo tribunal manifestou objecções quanto aos estatutos que apresentamos", disse.

"Em resposta, apresentamos novos estatutos que foram redigidos para ir ao encontro das exigências do tribunal. Quando aguardávamos pelo acórdão de registo do partido, o tribunal surpreendeu-nos com um novo indeferimento por, segundo o juiz, ter identificado novos problemas", acrescentou, citada pelo Jornal de Angola.

Da apreciação realizada às últimas imposições do tribunal, a luso-angolana diz considerar que, em comparação aos estatutos dos outros partidos, estas não foram impostas às outras instituições políticas portuguesas, falando em discriminação. "Estamos a ser discriminados, mas desconheço as motivações do tribunal. Espero nunca vir a saber, porque tenho fé que o tribunal fará o que tem de fazer e legalize o partido a tempo de participar nas eleições legislativas", afirmou, acrescentando que não têm outra opção senão mudar novamente os estatutos na esperança que o tribunal legalize o partido.

Entre outros aspectos, Ossanda Liber considerou ainda estar a fazer história: "Estou a fazer história, não como candidata, na medida em que já houve outras, mas porque sou, certamente, a primeira mulher afro-descendente a criar um partido político em Portugal e, muito provavelmente, em todo o mundo Ocidental", disse, em declarações ao Jornal de Angola.

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