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Brasileira WestAves vai criar primeiro banco genético de aves em Angola

Adilson Mognol, presidente do Conselho de Administração da WestAves, anunciou que a empresa brasileira vai implementar em Angola o primeiro banco genético de aves. Para tal, nesta Segunda-feira, 4000 pintos oriundos do Brasil chegaram a Angola.

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Segundo o responsável, estas matrizes de pintainhos são altamente produtivas, com capacidade de produção de 250 mil crias de corte e 250 poedeiras anualmente. Segundo a Angop, está ainda previsto que, a curto prazo, se consiga 1000 matrizes diariamente.

Adilson Mognol referiu igualmente que trouxeram um "material genético que estava avaliado em cerca de dois milhões de reais, fora todo o investimento que foi ou será feito para fazer a produção deste material genético".

O referido projecto poderá trazer para o país a auto-suficiência no que diz respeito à produção de frango. O responsável não coloca de lado a hipótese de se alargar a iniciativa a todas as províncias de Angola e, assim, não só contribuir para a auto-suficiência do país nesta matéria como também ajudar à futura exportação.

Em termos de empregos, serão mais de 4000 postos de trabalho directos que se perspectivam criar. "Esse projecto perspectiva gerar mais de 4000 empregos directos. E ainda há os indirectos, pois esses investimentos geram grandes cadeias desde onde se vai produzir o frango, o ovo, a matriz, combustível, carregadores das aves ou ração, oficina mecânica, entre outros", disse, citado pela Angop.

Disse ainda considerar a acção como um marco "não só para o Brasil, que é o primeiro país que exporta material genético, mas também para Angola que tem grande probabilidade de se tornar num grande produtor e exportador de frango".

Já Amadeu Leitão, secretário de Estado do Comércio, aplaudiu a iniciativa e afirmou a continuidade do Governo em criar condições que incentivem o investimento privado directo: "O Governo angolano tem dado o devido apoio institucional, pelo que queremos enaltecer essa iniciativa, para a constituição do banco genético, tornando Angola no quarto país com esse projecto no mundo. Portanto, é de louvar e temos que enaltecer essa iniciativa", afirmou, citado pela Angop.

Na ocasião, também referiu o contributo para a redução dos preços da carne de frango. "No futuro muito próximo, a nossa população terá acesso facilitado e a preços mais reduzidos. Hoje o preço do frango está bastante elevado, e baixar os preços e que a população tenha acesso e possa comprar o seu frango", afirmou, citado pela Televisão Pública de Angola (TPA).

Já Valdir de Moura Júnior, presidente da Comissão Executiva da WestAves Angola, disse que a meta passa por alcançar, no horizonte temporal de três anos, uma capacidade de produção de um milhão de frangos diários. "A nossa meta é que, em três anos, possamos ser capazes de produzir um milhão de frangos por dia, aves que vão ser disponibilizadas à venda vivas, congeladas, como frango inteiro e em cortes, atendendo à necessidade e cultura de consumo local", indicou, citado pela Angop.

No âmbito do projecto, segundo a Angop, a WestAves investiu aproximadamente mil milhões de kwanzas para implementar um aviário em Icolo e Bengo, cuja inauguração está prestes a acontecer. Inicialmente, a unidade será capaz de produzir 20 mil de frangos mensalmente.

Está ainda a ser construída a unidade Maria Teresa, perspectivada com uma capacidade de produção de 100 mil frangos mensalmente no primeiro ano de operação.

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