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PR oferece Angola como “porta de entrada” do Brasil em África e convida empresários brasileiros a investirem no país

O Presidente ofereceu Angola como porta de entrada do Brasil na região austral e central do continente africano, e quer que o país sul-americano seja também a porta para Angola entrar na região do Mercosul. Além disso, João Lourenço também reiterou o convite aos empresários brasileiros a investirem em Angola “de modo destemido”.

: Facebook da Presidência da República - Angola
Facebook da Presidência da República - Angola  

"Queremos que o Brasil se sirva de Angola como a porta de entrada quer para a região da SADC [Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral], quer para a África central, da mesma forma que gostaríamos de ver o Brasil como a nossa porta de entrada para a região do Mercosul", afirmou João Lourenço.

O chefe de Estado, que falava à imprensa, no âmbito da visita do Presidente brasileiro a Angola, ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva, assegurou que entre o seu país e o Brasil haverá "apoio mútuo" para que a entrada do Brasil em África e de Angola no Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) seja uma realidade.

"Hoje assinamos alguns instrumentos jurídicos de cooperação que vão tornar possível concretizarmos os programas e projectos que temos em carteira", afirmou João Lourenço, no final da cerimónia de assinatura de sete memorandos de entendimento entre ambos os países.

João Lourenço, que falava na denominada sala de protocolos do Palácio Presidencial, onde as delegações dos dois países assistiram à assinatura dos instrumentos de cooperação, manifestou-se satisfeito por Angola receber um "grande amigo de verdade e de longa data".

O chefe de Estado disse que as relações entre Angola e Brasil conheceram "um momento alto há uns anos", momento "que, lamentavelmente, por razões que não interessam referir aqui, de alguma forma, esfriaram".

"Mas, costuma-se dizer antes tarde do que nunca, portanto, é chegado o momento de relançarmos mais uma vez essas relações", assinalou.

O Brasil "é um país que significa muito para Angola por um conjunto de razões, de ordem cultural, histórica, mas económica também porque o Brasil, afinal de contas, se por um lado ainda é classificado como um país em desenvolvimento (também) ainda tem muito daquilo que chamam de primeiro mundo", realçou.

De acordo com o Presidente, o país africano tem muito a ganhar com esta parceria: "Angola foi feliz agora, meses após a investidura do Presidente Lula ao ser o primeiro país africano a receber uma visita de Estado do Presidente do Brasil".

"Nós vamos reforçar os nossos laços de cooperação, queremos desenvolver os domínios da agro-pecuária, da educação, saúde, turismo e outros que são importantes para ambas as nações, queremos ver o investimento brasileiro em Angola, mas também queremos ver investimento angolano no Brasil", rematou João Lourenço.

Além disso, o Presidente também disse que o Brasil tem sido uma das presenças mais visíveis do desenvolvimento económico de Angola, reiterando o convite aos empresários brasileiros a investirem em Angola "de modo destemido".

João Lourenço, que interveio na cerimónia de encerramento do Fórum Económico Angola-Brasil, realizado no âmbito da visita do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, realçou que, em cerca de cinco anos, mesmo com a pandemia de covid-19, Angola conseguiu criar um melhor ambiente de negócios que atrai os investidores privados.

"Contamos com o investimento privado directo brasileiro na economia angolana para transformar o potencial económico de Angola em riqueza real, criando empregos e prosperidade, pelo que reiteramos o convite aos empresários brasileiros a investirem em Angola de modo destemido", referiu.

O Presidente pediu que o empresariado brasileiro invista no agronegócio, indústria automóvel, fabrico de tractores e alfaias, adubos e fertilizantes, produção de painéis solares, produção de medicamentos e vacinas, indústrias de transformação da madeira, turismo, imobiliárias e em todos os outros ramos que sejam do seu próprio interesse.

Segundo João Lourenço, com a operacionalização do corredor do Lobito os empresários brasileiros que investirem em Angola passarão também a ter acesso ao mercado da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), com um Produto Interno Bruto de mais de 720 mil milhões de dólares e, aproximadamente, 350 milhões de consumidores.

João Lourenço apelou também aos empresários do seu país a aproveitarem as oportunidades de negócios que o Brasil oferece em praticamente todos os sectores da economia brasileira e a possibilidade de através do Brasil poderem também alcançar os países do Mercosul.

"A minha presença e a do Presidente Lula no acto de encerramento do fórum empresarial traduz o nosso alto compromisso em impulsionar o investimento e o comércio entre os nossos dois países", disse.

Na cerimónia, João Lourenço e Lula da Silva descerraram a placa da Câmara de Comércio Angola Brasil (CCAB), e testemunharam a assinatura do Plano de Acção do Programa do Vale do Cunene, de apoio à agricultura familiar.

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