Além de redes de pesca, a fábrica – que, segundo a Rádio Nacional de Angola (RNA), será erguida na capital do país – também vai reforçar o sector agrícola através da produção de sacos.
"Nós estamos empenhados em fazer uma fábrica de redes, redes não só para a indústria pesqueira, mas também para a indústria agrícola (...)", afirmou António Gama, acrescentando: "Nós queremos produzir aqui em Angola, porque temos um bom mercado, não só para o país, mas também para os países vizinhos que poderão comprar e quem sabe até a América Latina também precisa destes materiais".
Citado pela RNA, o responsável da SFT disse estarem "já a bom passo", apontando este ano para a implementação do projecto.
"Nós estamos já a bom passo, já fizemos um levantamento do mercado, estamos empenhados e esse é um projecto que este ano ainda começará a ser implementado", acrescentou.
Entre outros aspectos, António Gama informou que também pretendem avançar com um entreposto pesqueiro em Malanje: "Estamos a finalizar um acordo com o porto, onde estamos à espera de uma concessão para podermos implementar umas câmaras de recepção para podermos usar o Caminho de Ferro de Malanje para colocar o produto em Malanje. Queremos fazer um entreposto em Malanje de forma a que nós possamos colocar, através da linha férrea, já há protocolos com o caminho de ferro, já há protocolos com o governo de Malanje, já temos o terreno cedido, para podermos trabalhar nesse aspecto e colocarmos no plateau central de Malanje o preço do pescado praticamente igual ao de Luanda".
Segundo o administrador executivo da SFT, a partir de Malanje, o pescado poderá ser distribuído para outras províncias a um preço mais baixo. "Depois de Malanje, o pescado poderá ser distribuído para todas as outras províncias com um valor muito inferior, uma vez que, nós vamos colocar o pescado já em Malanje, então isso vai fazer com que vamos conseguir reduzir o preço do pescado lá naquelas províncias mais longínquas do interior", afirmou, citado pela RNA.