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Saúde

Estudantes da UAN desenvolvem instrumento que permite avaliar risco de AVC

Márcio Arsénio e Áurea Patrícia são os dois alunos da Faculdade de Medicina da Universidade Agostinho Neto (UAN) responsáveis pelo desenvolvimento de um instrumento que permite avaliar o risco de um acidente vascular cerebral (AVC).

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Para a pesquisa, os dois alunos – que segundo a Rádio Nacional de Angola (RNA), ganharam o prémio Nacional de Investigação Científica em Medicina – tiveram como público-alvo trabalhadores da empresa portuária Sogester.

"Nós realizamos uma pesquisa sobre o risco cardiovascular em trabalhadores da empresa portuária Sogester, por ser um sector muito produtivo e visto que as doenças cardiovasculares condicionam muito a saúde dos trabalhadores, o que condicionaria consequentemente a produtividade da empresa", disse um dos estudantes, em declarações à RNA.

Assim, adiantou, decidiram realizar o estudo usando um instrumento que possibilita avaliar o risco de um trabalhador, daqui a 10 anos, desenvolver um episódio cardiovascular: "Decidimos fazer esse estudo utilizando um instrumento que permite avaliar o risco de um trabalhador, daqui a 10 anos, desenvolver um evento cardiovascular importante como o AVC ou como o enfarte agudo do miocárdio", avançou.

Este instrumento, explicou, recolhe os principais factores de risco para este tipo de doenças (como por exemplo o colesterol, pressão arterial, idade, entre outros) e vai dando pontos para o acontecimento desses factores. No final, somam-se os pontos e obtém-se o total para se estimar o risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares.

"O instrumento que nós utilizamos é um instrumento que acolhe os principais factores de risco para as doenças cardiovasculares e nós avaliamos o nível de colesterol total, o nível de HDL colesterol, que são tipos de lípidos, gorduras, no organismo desses indivíduos, avaliamos a pressão arterial dos indivíduos, a idade, o sexo, os indivíduos que têm diabetes, os indivíduos que fazem uso de tabaco", indicou, citado pela RNA.

"O instrumento vai dando pontos para a ocorrência desses factores nos indivíduos, soma-se os pontos e depois nós obtivemos uma classificação total para estimar o risco desses indivíduos virem a desenvolver um desses eventos cardiovasculares", acrescentou.

Por sua vez, Áurea Patrícia salientou que querem dar continuidade às pesquisas, mas vão tentar equilibrar com o espaço clínico: "Pretendemos dar continuidade às nossas pesquisas, mas nós vamos tentar ao máximo equilibrar porque nós gostamos tanto da clínica quanto da investigação, vamos equilibrar estes dois espaços, mas com certeza vamos continuar com as investigações".

"A investigação ela ajuda a descobrir meios para solucionar problemas de saúde, ajuda-nos a entender na íntegra primeiro, depois a busca de meios para solucionar estes problemas, então por isso a investigação em saúde é de extrema importância", completou, em declarações à RNA.

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