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País encaixou 567 mil milhões de kwanzas em três anos com privatizações

O Governo encaixou, desde 2019, 567 mil milhões de kwanzas (mais de mil milhões de dólares) com a privatização de 96 activos, no âmbito do Programa de Privatizações (Propriv), que poderá prorrogar-se por mais cinco anos, anunciou um responsável.

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A informação foi hoje avançada pelo secretário de Estado para as Finanças e Tesouro, Ottoniel dos Santos, no final de uma reunião de balanço do programa de privatizações de empresas e activos do Estado em curso.

O Propriv, executado pelo Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE), arrancou em 2019, com um total de 195 empresas e activos para privatização, tendo ficado com um total de 178 activos, depois de sofrer alterações.

Ottoniel dos Santos referiu que, dos 567 mil milhões de kwanzas encaixados, estão ainda por receber, contratualmente, um total de 394 mil milhões de kwanzas, estando neste momento algumas prestações já vencidas, no valor de 15,1 milhões de kwanzas.

Segundo o governante, foram privatizados até à data 96 empresas e activos, sobrando 82 activos, dos quais 27 têm neste momento os processos em curso, 31 estão pendentes e 25 por retirar do programa de privatizações.

O secretário de Estado para Finanças e Tesouro salientou que, relativamente aos activos que ainda estão por privatizar, e que têm os seus processos em curso, serão desenvolvidos ao longo deste primeiro trimestre, enquanto os outros processos deverão ser ajustados.

“Aqui estamos a referir-nos nomeadamente a processos que dependem de uma intervenção jurídica, outros, de algum ajuste do ponto de vista organizacional das empresas para que possam ser privatizadas e finalmente formalizar a retirada de 24 activos do Propriv. Vinte e quatro mais um, que hoje a nível da reunião foi também deliberada a sua retirada”, frisou, sem mais detalhes.

Relativamente aos novos activos a serem inseridos, Ottoniel dos Santos avançou que serão inicialmente 68, incluindo os que ainda estavam em curso no primeiro ciclo e os que derivam dos processos de recuperação de activos, que o Estado quer privatizar, bem como levantamentos feitos por governos provinciais e gestores sectoriais, que entendem que determinados activos podem passar para a esfera privada.

Com a alienação de empresas e activos foram já garantidos um total de 2747 empregos, dos quais 1462 são novos e 1285 anteriormente existentes, adiantou.

O governante disse ainda que será proposta a prorrogação do programa por mais cinco anos, ao longo do mandato, por duas razões fundamentais: primeiro, o conjunto de processos do ciclo que agora encerra que ainda estão por concluir e, segundo, por conta dos novos activos que serão inseridos no programa.

Ottoniel dos Santos disse que, entre as empresas propostas para serem retiradas do Propriv, algumas têm pouca capacidade de atrair o sector privado e outras empresas deverão ser liquidadas.

Fez ainda um balanço positivo do Propriv tendo em conta a conjuntura vivida nos últimos cinco anos, marcada pela pandemia de covid-19, a fase de reestruturação e reformas que Angola está a implementar.

“Somado estes dois grupos [os activos privatizados e os que têm processos a decorrer] e tendo em conta o total de activos que estavam para privatizar, nós prevemos um percentual de 69 por cento de efectivação do programa. Penso que para uma primeira experiência sistematizada - porque Angola já teve outros processos de privatizações (…) - dadas as circunstâncias que referi, o programa está a ter um resultado promissor”, sublinhou.

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