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Ambiente

Consultor defende aproximação entre Estado e privados para acesso a financiamentos

O director-executivo da Osvalferr Consultoria defendeu, em Luanda, uma maior aproximação do executivo ao sector privado, para que estas instituições tenham acesso a financiamentos internacionais, como o Fundo Verde para o Clima (GCF, na sigla em inglês).

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Emanuel Bernardo abordou o tema "Fundo Verde para o Clima e Mecanismos de Financiamento" na Conferência Internacional sobre Energias Renováveis e Mecanismos de Desenvolvimento Limpo, promovida pela empresa Eco-Eficiência, especializada em consultoria ambiental.

Segundo o consultor, o GCF tem disponíveis 42,7 mil milhões de dólares para apoiar projectos de redução da emissão de gás com efeito estufa e aumento das capacidades de resposta às alterações climáticas, em países menos desenvolvidos, grupo no qual Angola se insere.

"Sentimos que ainda existe a necessidade de criação, tanto de uma estratégia para o financiamento de Angola, bem como de um plano de acções que catalise o sector privado na busca desses financiamentos, tendo em conta a necessidade de mitigação e adaptação", frisou.

O responsável sublinhou que, a partir de 2015, há uma tendência crescente dos recursos disponíveis para financiamento, o que constitui "uma grande oportunidade para países como Angola".

De acordo com Emanuel Bernardo, "países como Angola têm muitas dificuldades de acreditar em instituições, porque ainda há uma falta de aproximação entre o setor público e o privado".

"A grande dificuldade é fazer face ao nível de exigência destas instituições, nomeadamente em matérias ligadas ao 'compliance'. Há necessidade de um nível de transparência muito elevado, as instituições que se candidatam a esses recursos do ponto de vista de 'compliance' devem ser instituições credíveis, com um nível de acreditação bastante alto", vincou.

O consultor destacou que existe em Angola uma dificuldade em desenhar projectos viáveis e financiáveis à luz do nível das exigências dessas instituições internacionais.

"É impossível aceder a um organismo como GCF sem a participação do Estado, é fundamental que exista a mão do Estado para que o sector privado tenha acesso a esses financiamentos. Por um lado, por causa do conforto necessário para esse tipo de projectos e, por outro lado, para catalisar aquilo que são as exigências internacionais sobre as alterações climáticas", apontou.

Para Emanuel Bernardo, Angola tem ainda um grande caminho a percorrer comparativamente a outros países da região, acrescentando que o apesar de o GCF ser extremamente exigente a nível de procedimentos ainda é das instituições mais disponíveis a financiar projetos sobre as alterações climáticas.

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