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Economia

Fitch Solutions melhora crescimento de Angola para 2,7 por cento este ano

A consultora Fitch Solutions melhorou a previsão para Angola, antevendo um crescimento de 0,6 por cento em 2021 e uma expansão económica de 2,7 por cento este ano, que vai acelerar para 3,4 por cento em 2023.

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"Prevemos que o PIB real de Angola tenha acelerado de uns estimados 0,6 por cento em 2021 para 2,7 por cento este ano", lê-se numa nota sobre as maiores economias da África Austral, na qual se prevê um crescimento de 3,4 por cento no próximo ano e um abrandamento para 2,2 por cento em 2024.

Na nota da consultora Fitch Solutions, detida pelos mesmos donos da agência de notação financeira Fitch Ratings, os analistas estimam também que a exportação petrolífera aumente de 1,169 milhões de barris diários, em 2021, para 1,221 milhões este ano, descendo novamente para 1,163 milhões de barris por dia em 2023.

A análise, enviada aos clientes e a que a Lusa teve acesso, centra-se no progresso das reformas em contexto pré-eleitoral, tendo como título "Progresso nas reformas continua lento num contexto de riscos eleitorais".

Para a Fitch Solutions, o fortalecimento da coligação da oposição vai ter um efeito nas urnas, com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) a manter-se no poder, mas com menos votos.

"Apesar de acreditarmos que o partido no poder vai ganhar as próximas eleições, a sua maioria parlamentar vai ser reduzida pela coligação da oposição, o que aumenta os riscos dos esforços reformistas do governo", escreve a Fitch Solutions.

Apesar do crescimento do PIB em 2021 e 2022, "do aumento da liquidez interna e do encorajamento para as empresas privadas comprarem os ativos públicos no programa de privatizações, acreditamos que isto não será suficiente para compensar o limitado interesse das empresas estrangeiras", apontam os analistas, que são perentórios em afirmar que as metas do programa de privatizações não serão cumpridas.

"Antevemos que o governo não vai vender todos os 195 activos que planeia vender até final do ano", dizem.

Sobre a retirada dos subsídios aos combustíveis, que tem conhecido sucessivos adiamentos, a Fitch Solutions diz que as eleições vão forçar um novo adiamento da retirada dos subsídios, que custam cerca de 3,5 mil milhões de dólares por ano.

"A remoção prevista dos subsídios aos combustíveis vai continuar a ser adiada, nas vésperas das eleições gerais de agosto; a maioria dos deputados do MPLA e da oposição é contra a retirada do subsídio, dado que isso vai aumentar o custo de vida para as famílias, e aumentar os custos empresariais", concluem os analistas.

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