Citada num comunicado do Ministério da Saúde a que o VerAngola teve acesso, Sílvia Lutucuta destacou que "desde o dia que foi diagnosticado o primeiro caso de cólera no país, o Executivo rapidamente accionou os mecanismos para conter a propagação da doença".
Considerou a vacinação como uma das "armas poderosas para prevenir a cólera", mas que "sozinha não resolve".
"A vacina também é uma das armas poderosas para prevenir a cólera, mas a vacinação sozinha não resolve. Portanto, as pessoas têm que ser vacinadas por um lado, é uma medida rápida e imediata para controlar o avanço da doença, mas temos que continuar a tratar da água, fazer o abastecimento da água potável, tirar o lixo do nosso município", referiu.
Segundo a titular da pasta da Saúde, o Governo encontra-se a levar a cabo a fase de vacinação, para, de maneira rápida, acabar com as cadeias de transmissão em tempo útil e prosseguir com acções estruturais, que englobam a educação sanitária nas comunidades.
Citada pela Angop, Sílvia Lutucuta adiantou que, através da educação sanitária, tem sido possível informar e ensinar os cidadãos acerca de hábitos de saúde e higiene, visando a promoção da saúde tanto pessoal como colectiva, prevenção de doenças e a melhoria da qualidade de vida.
A ministra fez ainda saber que neste momento não se registam casos desta doença nas províncias onde conseguiram executar o plano de vacinação, acrescentando que actualmente a preocupação do Executivo incide em seis províncias, nomeadamente Zaire, Lunda Norte, Namibe, Huíla, Cabinda e Cuanza Sul, nas quais estão em curso campanhas de vacinação.
Refira-se que, no Sábado, a ministra orientou o lançamento da terceira fase da campanha nacional de vacinação contra a cólera.
"Para o combate desta epidemia, o Governo angolano conta com o apoio de alguns parceiros que ajudaram nas duas fases anteriores da campanha de vacinação com cerca de cerca de um milhão e 900 doses de vacina contra a cólera", lê-se na nota do ministério.
Segundo a ministra, o país "recebeu uma doação da GAV que prevê vacinar dois milhões de pessoas com idade igual ou superior a um ano, em 24 municípios prioritários das províncias de Cabinda, Cuanza Sul, Lunda Norte, Huíla, Namibe e Zaire".
Para esta terceira fase da campanha, a vila de Cafunfo, epicentro da doença da cólera na província da Lunda Norte, recebeu "mais de 37.000 doses de vacina contra a cólera, com objectivo de reforçar as medidas de prevenção e conter a propagação da doença".
Segundo dados avançados pela tutela, até ao momento, Angola regista um total de 27.407 casos de cólera, com 763 óbitos, sendo que na província da Lunda Norte, "foram diagnosticados mais de 500 casos e registados oito óbitos".
