"Neste momento não há negociação, já parámos, estamos em greve e nas negociações eles [a direcção] não querem ouvir falar sobre a actualização do câmbio", disse na Sexta-feira à Lusa o presidente do Sindicato das Indústrias Petroquímicas e Metalúrgicas de Angola (Sipeqma), João Ernesto Pedro.
Segundo o sindicalista, que lamenta a postura da direcção da empresa em continuar a pagar salários convertidos do dólar para o kwanza no câmbio de há cinco anos, a posição do patronato traduz-se num "escândalo e uma roubalheira".
O líder da Sipeqma questionou igualmente o silêncio das autoridades do país face aos "constantes atropelos à lei e aos direitos dos trabalhadores" por parte da petrolífera americana, adiantando que as operações estão paralisadas desde Segunda-feira.
"Pedimos apenas flexibilidade da empresa, porque os actuais salários estão desajustados ao actual contexto do país", assinalou João Ernesto Pedro, garantindo abertura para negociar com a direcção da empresa especializada na perfuração de poços petrolíferos.