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Defesa

'Caso 500 milhões': procurador revela que BNA contratou empresa de recolha de lixo em Londres

Pascoal Joaquim, sub-procurador-geral da República, revelou na Segunda-feira em tribunal, que a empresa Resource Project Partneship, sediada em Londres – que celebrou contrato com o BNA para a criação de um fundo no valor de 30 mil milhões de euros (33 mil milhões de dólares) –, tem como função “catar lixo, à semelhança do que acontece com a ELISAL, em Luanda”.

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Durante a sessão, o procurador perguntou a Álvaro Pereira, subdirector do Gabinete Jurídico do Banco Nacional de Angola (BNA), que está a responder em tribunal como declarante, se tinha sido desencadeada uma investigação à história da Resource Project Partneship – que celebrou um contrato com o BNA através de um consórcio constituído pela Mais Financial Service Lda, com objectivo de criar um fundo de investimento no valor de 30 mil milhões de euros (33 mil milhões de euros).

Em resposta ao procurador, escreve o jornal Opaís, o declarante revelou que foi feita uma pesquisa ao histórico da empresa, mas quase nada foi encontrado. Perante a resposta do subdirector do Gabinete Jurídico do BNA, o procurador revelou que o Ministério Público sabia que a empresa em questão faz a recolha de lixo em Londres.

Quanto à alegada participação de José Filomento de Sousa dos Santos "Zenu" na transferência dos 500 milhões de dólares para o banco inglês, Álvaro Pereira disse que o arguido esteve presente, juntamente com Jorge Gaudens, na primeira reunião entre a Mais Financial Service e o BNA, adiantando que este interveio pouco, tendo a reunião sido dirigida por Jorge Gaudens.

Destacou-se ainda na sessão a ausência de Valter Filipe, ex-governandor do BNA. O arguido não compareceu à sessão por, supostamente, estar a receber assistência médica num dos hospitais da capital. A defesa de Valter Filipe foi questionada sobre a ausência do seu cliente, tendo esta revelado que o arguido se sentiu mal na última sessão e teve de ser levado para uma unidade hospitalar.

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