Frente aos juízes do Tribunal Supremo, Archer Mangueira referiu que aconselhou o Presidente da República a suspender a transferência de 500 milhões de dólares para uma conta da PerfectBit “porque havia muitos riscos nesse processo todo”.
“Não havia, de facto, elementos de garantia e não tivemos evidências de que os documentos que os proponentes apresentavam eram verdadeiros”, afirmou o antigo titular da pasta das Finanças, citado pelo Novo Jornal. Archer Mangueira acrescentou que os dados que foram apresentados em Londres não eram elementos suficientes para prosseguir com a operação.
O actual Governador da província do Namibe afirmou ainda que a transferência de 500 milhões de dólares não obteve despacho presidencial nem o suporte da lei dos contratos públicos.
No banco do réus continuam sentados José Filomeno dos Santos, antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola, António Samalia Manuel, antigo director do BNA e o empresário Jorge Gaudens. As acusações vão desde o branqueamento de capitais, passando por burla, peculato e tráfico de influências.
A sessão dá continuidade ao julgamento, que arrancou a 9 de Dezembro, estando na fase da produção de provas.