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BFA com resultado líquido de 344,5 milhões, menos 51 por cento que em 2018

O Banco Fomento Angola (BFA) anunciou esta Quinta-feira um resultado líquido positivo de 344,5 milhões de dólares em 2019, uma quebra de 51,5 por cento face ao ano anterior.

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No documento disponibilizado à Lusa pelo BFA, os resultados representam uma descida superior a 50 por cento face aos 710 milhões de dólares de 2018.

A informação consta do resumo dos resultados individuais, não auditados, referentes ao exercício de 2019, e que, entre outros indicadores, refere que a margem financeira do banco alcançou os 418,4 milhões de dólares, uma descida de 8,6 por cento face ao período anterior.

Da mesma forma, também as comissões líquidas recuaram 14 por cento, para 38,3 milhões de dólares.

Em 2019, o produto bancário - conjunto de todas as receitas - recuou 50 por cento, para 565,2 milhões de dólares.

A instituição acrescenta que no final de 2019 o crédito vencido tinha um peso de 6,4 por cento do total do crédito concedido a clientes, mais 2,8 pontos percentuais que no ano anterior, embora não tenha quantificado valores.

A cobertura de crédito vencido por imparidades pelo BFA totalizou 134,8 por cento, uma descida face aos 179,2 por cento de 2018.

Segundo o documento, o banco ultrapassou pela primeira vez a marca dos dois milhões de clientes, alcançando 2.067.844 no final de 2019, representando um aumento de 171.685 clientes comparativamente ao ano anterior.

O rácio de solvabilidade regulamentar (RSR) do BFA, que corresponde à relação entre os fundos próprios e o valor do património exposto aos riscos inerentes às operações de crédito, situou-se no final de 2019 nos 57,5 por cento, uma percentagem "significativamente acima do limite mínimo regulamentar" de 10 po cento exigido pelo Banco Nacional de Angola.

O BFA é, desde início de 2017, controlado pela Unitel, a maior operadora de telecomunicações de Angola. Antes, o BFA era controlado pelo BPI, que fundou o banco em Angola na década de 1990.

Contudo, em Janeiro de 2017 o BPI cumpriu uma exigência do Banco Central Europeu e reduziu a operação em Angola, através da venda de 2 por cento da sua participação à Unitel.

O BFA é, desde então, controlado pela Unitel, com 51,9 por cento, tendo o BPI 48,1 por cento.

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