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Defesa

Tribunal Supremo começa esta Quinta-feira a julgar burla de 50.000 milhões

O Tribunal Supremo começa a julgar, em Luanda, 14 pessoas, de várias nacionalidades, envolvidas no caso da "burla tailandesa", uma alegada tentativa de burla ao Estado angolano de 50.000 milhões de dólares.

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Segundo a acusação, o caso começou em 27 de Novembro de 2017, quando chegou a Angola um grupo de 10 pessoas com visto de fronteira, do qual faziam parte quatro arguidos tailandeses, bem como os prófugos Pracha Kanyaprasit, Kanphitchaya Kanyaprasit, Watcharinya Techapingwaranukul, igualmente oriundos da Tailândia.

Oito dos arguidos deste processo aguardam o início do julgamento em prisão preventiva, enquanto a outros dois foi aplicada a medida de coação de prisão domiciliária.

Dos arguidos que se encontram em prisão preventiva, quatro são tailandeses - Raveeroj Ritchchoteanan, 50 anos, e considerado o mentor da tentativa de burla, Monthita Pribwai, 28 anos, Manin Wantchanon, 25 anos, e Theera Buanpeng, 29 anos -, encontrando-se também detidos André Louis Roy, canadiano de 65 anos, e Million Isaac Haile, eritreu de 29 anos.

Com a mesma medida de coação encontram-se os réus Celeste de Brito António e Christian Albano de Lemos, ambos angolanos.

Em prisão domiciliária estão os réus Ernesto Manuel Norberto Garcia, 51 anos, ex-diretor da Unidade Técnica para o Investimento Privado (UTIP) e antigo secretário para a Informação do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA, partido no poder) e José Arsénio Manuel, general das FAA, 62 anos.

Os arguidos foram pronunciados pela prática dos crimes de associação criminosa, fabrico e falsificação de títulos de crédito, falsificação de documentos e uso de documentos falsos, burla por defraudação na forma frustrada, promoção e auxílio à imigração ilegal e tráfico de influência.

O porta-voz dos juízes deste processo, Lourenço José, disse na Quarta-feira que o julgamento do processo vai decorrer a partir desta Quinta-feira na terceira secção da câmara criminal do Tribunal Supremo, em Luanda.

"Estão criadas todas as condições para que o ato decorra normalmente", garantiu o juiz Lourenço José.

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