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Construção

Mais de 1200 apartamentos ocupados ilegalmente na centralidade do Kilamba

Cerca de 1230 apartamentos dos 25.002 de várias tipologias que constituem actualmente a centralidade do Kilamba, cidade construída de raiz pelo Estado a 30 quilómetros de Luanda, estarão ocupados ilegalmente.

Rede Angola:

A informação foi divulgada pela Imogestin, escolhida pelo Governo para assumir a gestão imobiliária das centralidades construídas no país com recursos públicos, situação que a própria empresa refere ter já participado à Justiça.

Na origem da situação, segundo informação de Sexta-feira, está a falta de registo de 1234 apartamentos desta centralidade na base de dados herdada da Sonangol Imobiliária e Propriedades (Sonip), após o Governo ter retirado, no final de 2014, a gestão do Programa Nacional de Urbanismo e Habitação àquela empresa do grupo petrolífero angolano, passando-a para a Imogestin.

Além disso, 13.476 proprietários de apartamentos nesta centralidade têm um regime de rendas resolúveis, mas mais de 40 por cento estava com pagamentos em atraso, referentes aos anos de 2015 e 2016.

Considerado um dos maiores projectos do género em África, a cidade do Kilamba, inaugurada em Julho de 2011, já conta com 20.005 apartamentos construídos, estando por isso, como anunciou em Agosto de 2014, o Presidente José Eduardo dos Santos, concluída a primeira de três fases do projecto.

O Plano Director da Cidade do Kilamba, cuja construção está a cargo de empresas chinesas, abrange uma área de 54 quilómetros quadrados e prevê a construção de 710 edifícios, 24 creches, nove escolas primárias, oito escolas secundárias e 50 quilómetros de vias. Vivem nesta centralidade 55.000 pessoas, que contam com vários serviços de apoio social, nomeadamente um centro de saúde.

O Estado procura agora parceiros para avançar com a sua expansão até aos 90.000 apartamentos, conforme prevê o plano inicial, através de parcerias público-privadas, investimento privado e cooperativas, tendo em conta as limitações ao investimento público, devido à crise.

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