O agricultor Victorino Marques, mentor do projecto, revelou, de acordo com a Angop, que a exportação desta fruta para o mercado português, resulta de uma parceria com uma empresa portuguesa ligada ao comércio internacional de hortofrutícolas.
"Embalamos e as mangas seguiram em camiões para Moçamedes, onde deverão ser carregadas num navio que já se encontra no Porto do Namibe", disse o agricultor.
Segundo Victorino, as mangas que deverão chegar em breve a terras lusas, são o resultado do excesso de produção do fruto, na fazenda de Dombe Grande, que ocupa uma área de 92 hectares e tem uma produção que ronda as 1500 e 1600 toneladas.
O projecto arrancou em 2010 e conta neste momento com 18 pés de variedades de mangas, entre as quais três de origem americanas (Kent, Kit e Tommy) e uma brasileira do tipo escada.
"Em 2010, plantamos 18 mil pés de mangas. No segundo ano fizemos a primeira colheita em pequena escala e, a partir do terceiro, o destino foi o mercado interno”, acrescentou.
O agricultor, que não quis avançar com valores específicos sobre o negócio, revelou estar optimista em relação ao impacto da sua iniciativa, que acredita que contribuíra para a diversificação da economia, numa altura em que há muitos agricultores que apostam na produção nacional.
O administrador comunal de Dombe Grande, Bertolino Morais, sublinhou ainda a importância deste negócio, já que a exportação deste produto vai possibilitar a aquisição de moeda estrangeira e outros bens, para o fomento da actividade económica no país.
“A manga, goiaba e outras frutas estragam-se por falta de escoamento”, disse o responsável, salientando o potencial de Dombe Grande na cultura de hortofrutícolas, cereais e tubérculos.