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Banco chinês financia em mais de 800 milhões a central de ciclo combinado do Soyo

O Banco Industrial e Comercial da China vai financiar com 837 milhões de dólares, equivalente a 85 por cento da obra, a construção da central de ciclo combinado do Soyo.

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A informação consta de um documento governamental a que a Lusa teve acesso, indicando que o acordo entre o Governo e o banco estatal chinês foi alcançado no final do primeiro semestre de 2016, dois anos depois de a obra ter arrancado.

A empreitada, atribuída a empresas chinesas, está avaliada em 985 milhões de dólares, devendo a central começar a produzir electricidade para a rede pública, a partir de gás natural, durante o primeiro trimestre de 2017.

De acordo com informação transmitida em Dezembro último pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, os primeiros 120 MegaWatts (MW) desta central serão injectados na rede até Março, prevendo este projecto garantir electricidade a Luanda e a várias províncias do norte do país.

Com uma capacidade de produção instalada de 750MW, este projecto envolve ainda a construção de uma linha eléctrica até à capital, ao longo de mais de 400 quilómetros, com 1500 torres. Trata-se de uma das maiores obras públicas em curso em Angola e considerada fundamental para reduzir o défice energético.

A primeira máquina de geração de electricidade desta central deverá entrar em testes no início de 2017 e as restantes três ao longo do ano, estimando-se que a ligação eléctrica entre o Soyo e Luanda esteja concluída até Maio.

O contrato para a obra foi celebrado entre o Ministério da Energia e Águas e a empresa China Machinery Engineering Corporation (CMEC) em 2014.

A Lusa noticiou em 2015 que o Governo utilizou verbas da reserva financeira petrolífera para investimentos em infra-estruturas no pagamento da primeira prestação da construção desta central, de ciclo combinado, a gás e vapor.

A decisão, suportada por despacho presidencial, foi sustentada com "grande importância para o desenvolvimento económico e social do país" desta obra

Foi aprovada na altura a desmobilização de 147,7 milhões de dólares da Reserva Financeira Estratégica Petrolífera para Infra-estruturas de Base, precisamente para pagamento da primeira prestação do contrato.

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