De acordo com um relatório do Ministério das Finanças, Angola exportou 631.652.098 barris de crude em 2016, abaixo da meta de 654,6 milhões de barris que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado (OGE), revisto em Setembro precisamente devido à quebra na cotação do petróleo.
Estas vendas renderam ao Estado mais de 1,308 biliões de kwanzas (7933 milhões de dólares), quando o OGE para 2016 previa um encaixe de 1,535 biliões de kwanzas (9300 milhões de dólares).
O resultado é um buraco, nas receitas do Estado em 2016, face ao orçamentado em Setembro, superior a 1360 milhões de dólares.
Na revisão do OGE de 2016, o Governo desceu a previsão do valor médio de cada barril exportado de 45 para 41 dólares, cortando igualmente 35 milhões de barris à produção estimada no início do ano.
O relatório do Ministério das Finanças indica agora que Angola exportou em média, em 2016, cada barril de crude a 40,43 dólares, embora em vários blocos esse valor tenha ultrapassado os 42 dólares, chegando até aos 44,95 dólares (bloco FS/FST). As vendas de petróleo por Angola totalizaram desta forma mais de 25.537 milhões de dólares.
Na origem destes dados estão números sobre a receita arrecadada com o Imposto sobre o Rendimento do Petróleo (IRP), Imposto sobre a Produção de Petróleo (IPP), Imposto sobre a Transacção de Petróleo (ITP) e receitas da concessionária nacional, relativos a 15 concessões petrolíferas nacionais.
Os dados constantes nestes relatórios do Ministério das Finanças resultam das declarações fiscais submetidas à Direcção Nacional de Impostos pelas companhias petrolíferas, incluindo a concessionária nacional angolana, a empresa pública Sonangol.
Angola é actualmente o maior produtor de petróleo em África, a par da Nigéria. O petróleo representava, no terceiro trimestre de 2016, cerca de 94 por cento do total das exportações nacionais.