De acordo com informação transmitida pelo director para Angola daquela fundação, Carlos Figueiredo, entre os dez projectos executados ou em curso contam-se, designadamente, intervenções no fornecimento de água potável à população, combate à malnutrição e à mortalidade infantil e apoio à produção e comercialização de batata nacional.
"As nossas prioridades de intervenção, com financiamento do fundo, são o desenvolvimento económico local, água e saneamento, educação, saúde e energia alternativa. Infelizmente, nesta última área, ainda não temos projectos em curso, mas está para breve", disse Carlos Figueiredo, à margem de uma conferência em Luanda, promovida pelo FSDEA para divulgar os apoios sociais em curso.
A Lusa noticiou a 30 de Setembro que mais de um terço do capital daquele fundo soberano, que conta com activos de 4,88 mil milhões de dólares, estava investido na Europa, tendo em conta a auditoria realizada às contas de 2014.
O fundo é liderado por José Filomeno dos Santos, filho do Presidente José Eduardo dos Santos, que o reconduziu no cargo em Agosto passado.
De acordo com a informação transmitida hoje, ao abrigo da designada Missão Social, o FSDEA alocou 7,5 por cento da sua dotação para "projectos que geram um impacto positivo na vida dos angolanos", executados pelas comunidades locais e organizações não-governamentais. Os projectos destinam-se às mulheres, à juventude, aos veteranos de guerra e aos empreendedores.
Segundo a Fundação Africana para a Inovação, um dos principais parceiros do Fundo na identificação e concretização destes projectos, novos projectos de apoio vão avançar com o apoio do FSDEA. "Acreditamos que em breve irão ser lançados concursos públicos para candidaturas para outros projectos, para fazer outras rondas de financiamento", concluiu Carlos Figueiredo.
Fruto da grave seca que afecta o sul do país, a província do Cunene será uma das prioridades dos projectos a desenvolver pela Fundação Africana para a Inovação, nomeadamente para melhorar o acesso das populações à água potável.
O Fundo Soberano de Angola foi criado pelo Executivo em 2012, com uma dotação inicial de cinco mil milhões de dólares, já totalmente transferidos pelo Estado, nomeadamente com recurso às receitas provenientes da exportação de petróleo.
Este fundo, explica o Governo angolano, visa "promover o crescimento, a prosperidade e o desenvolvimento socioeconómico" do país, com recurso a uma carteira de investimentos distribuída por várias áreas, incluindo obrigações, compra de moeda estrangeira, de derivados financeiros, títulos do tesouro, de fundos imobiliários e de fundos de investimento.
