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Cultura

Maria Eugénia Neto: “Dei muito para que Angola se tornasse independente”

Com a comemoração dos 40 anos de Independência de Angola a Cuca produziu uma série limitada onde foram seleccionados quatro momentos importantes da história dos 40 anos de independência, que marcaram de forma vincada a história de Angola.

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Em destaque estão as datas de 1975 – O Mundo vê Angola independente; 1989 – Angola conquista o AfroBasket; 2002 – Angola caminha para a paz e 2003/2004 – Desenvolvimento e progresso.

No tema escolhido para o primeiro momento, seria incontornável não ser recordada a figura do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto. É nesse enquadramento que Maria Eugénia Neto se disponibilizou para uma pequena entrevista, enquanto mulher e Presidente do Conselho de Fundadores da Fundação Dr. António Agostinho Neto.

Como se sente ao comemorar os 40 anos de Independência de Angola?

Sinto-me muito orgulhosa porque também dei muito para que Angola se tornasse independente ao lado do Dr. António Agostinho Neto. O Camarada Agostinho Neto estaria muito feliz por ver o resultado da dedicação que teve toda a sua vida a esta causa.

Para nós, foi uma vida de sacrifício, pois ao regressar a Luanda no final de 1959, com um filho de 20 dias, seis meses depois o Camarada Agostinho Neto foi preso pela Pide. Desde aí e até ao regresso a Luanda em 1975, foi uma vida de sacrifício e luta em que eu tive a honra e o prazer de acompanhar.

A sua coragem e determinação para perpetuar e manter presente nas gerações, principalmente na juventude, a imagem e o trabalho de Agostinho Neto, levou à constituição da Fundação Agostinho Neto. Sente-se compensada pelo trabalho realizado?

Sim, porque há uma grande adesão da população às iniciativas que temos levado a cabo quer em Angola, quer fora de Angola, constatando que nos colóquios as salas se enchem de pessoas de vários estratos sociais, com muito respeito e curiosidade, manifestando verdadeiro interesse em perceber o trajecto do Pai da Nação.

Relativamente à campanha do tributo da Cuca, para comemorar os 40 anos da Independência de Angola, em que a Cuca fez questão de colocar a imagem do Presidente no primeiro momento da independência, gostaria de comentar?

A família gostou da iniciativa, pese embora, deveríamos ter sido consultados previamente. O enquadramento que foi feito, foi uma homenagem ao momento da independência, embora se pudesse ter falado um pouquinho mais do Pai da Nação. A família e a Fundação estarão sempre ao lado de iniciativas que ajudem a perpetuar a memória do Camarada Presidente Agostinho Neto.

Relembrando uma estrofe do poema Sagrada Esperança, gravada nas paredes do Memorial:

Sou eu minha Mãe

a esperança somos nós

os teus filhos

partidos  para uma fé que alimenta a vida.

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