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Empresários de Angola e Moçambique querem liderança na agricultura

Empresários de Angola e de Moçambique vão colaborar em várias áreas, nomeadamente na agricultura, através de um protocolo rubricado entre instituições empresariais de ambos os países.

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Este protocolo de colaboração visa "consolidar laços de cooperação internacional", para "promover e intensificar o estabelecimento de relações firmes" e envolve a Comunidade de Empresas Exportadoras e Internacionalizadas de Angola (CEEIA) e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

"Os dois países são ricos em água e terra e juntos podem desenvolver negócios na área da agricultura e conseguir a liderança de exportação de bens alimentares. Este acordo surge da vontade das entidades envolvidas em consolidar o desenvolvimento educativo e científico na área de comércio externo, através do intercâmbio profissional, económico educativo e de formação em áreas de interesse mútuo", explica a CEEIA, em comunicado enviado à Lusa.

O entendimento foi alcançado em Luanda, durante a visita de Estado que o Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, realizou a Angola, concluída na quarta-feira.

"Estes protocolos são essenciais, uma vez que desenvolvem programas de intercâmbio de informações relevantes para o desenvolvimento da rede empresarial de ambos os países, a troca de experiências ligadas ao ramo empresarial, a cooperação no ensino e aprendizagem nas áreas da internacionalização e exportação de mercadorias e produtos diversos, bem como a reciprocidade e interculturalidade", afirma o presidente da CEEIA, Agostinho Kapaia.

O acordo entre os representantes dos empresários angolanos e moçambicanos vai ainda permitir reforçar o "apoio recíproco de assessoria" em matéria técnico-profissional, "mediante o intercâmbio de pessoal técnico e o apoio e suporte ao fomento de negócios entre instituições de ambos os países".

O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, prometeu, na segunda-feira, o reforço da cooperação com Moçambique, garantindo que Angola "continuará a ser um parceiro de cooperação de confiança" para com aquele país.

O chefe de Estado angolano discursava em Luanda, no Palácio Presidencial, no arranque das conversações bilaterais entre membros dos governos dos dois países, no âmbito da visita do Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, iniciada no dia anterior.

"Estamos certos que esta visita dará um novo impulso à concretização mais rápida dos instrumentos de cooperação existente e à conclusão dos projectos dos acordos de cooperação que ainda estão em estudo", apontou José Eduardo dos Santos.

Na mesma ocasião, o Presidente moçambicano classificou como "pouco animador" o cenário da cooperação económica com Angola, apesar dos 22 acordos bilaterais e pediu acções concretas para esse reforço da cooperação, que já acontece em 18 sectores.

"Apesar desta vontade, constatamos com preocupação que este número de instrumentos jurídicos de cooperação ainda não se traduz na mesma dimensão em termos de acções concretas de maior investimento e de trocas comerciais mais expressivas", observou Filipe Nyusi.

"Só descentralizando a execução de acções ao nosso empresariado, a quem devemos sempre encorajar e exigir maior agressividade, podemos alterar o actual cenário pouco animador da nossa cooperação económica", disse ainda.

Manifestou também o desejo de "expansão de investimentos recíprocos" e de um "maior volume de tocas comercias em benefícios dos nossos dois povos e governos", através da mobilização dos empresários.

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