De acordo com uma autorização presidencial a que a Lusa teve acesso esta Quarta-feira, o financiamento é para cobertura do projecto do sistema de transporte de energia associado ao Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, em construção na província de Malanje, numa obra liderada pelos brasileiros da Odebrecht e que integra vários subempreiteiros portugueses.
O financiamento em causa, refere o mesmo despacho, de 12 de Julho, assinado pelo chefe de Estado José Eduardo dos Santos, será no valor global de 265,8 milhões de dólares.
Desde 09 de Julho que o início dos testes na primeira turbina do Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, que a partir de Sexta-feira deverá colocar electricidade na rede pública, está a condicionar o fornecimento eléctrico a Luanda.
O primeiro grupo gerador daquela barragem, na província de Malanje, a maior obra pública em construção, começa a produzir 334 MegaWatts (MW) de electricidade a partir de 21 de Julho, conforme anúncio feito anteriormente pelo Governo.
Localizada entre as províncias do Cuanza Norte e Malanje, aquela barragem foi encomendada pelo Estado angolano por 4,3 mil milhões de dólares, envolvendo financiamento da linha de crédito do Brasil, movimentando cerca de 9000 trabalhadores.
O enchimento da barragem de Laúca só terminará em 2018, com a elevação até à quota 850, completando o reservatório na sua totalidade e permitindo a entrada em funcionamento das seis turbinas que estão instaladas e uma produção de cerca de 2.070 MW de electricidade, mais do dobro da capacidade das duas barragens - Cambambe (960 MW) e Capanda (520 MW) - já em funcionamento no rio Kwanza.