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Saúde

Complexo de Doenças Cardio-Pulmonares implementa “call center” e telemedicina

O Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento vai contar com um serviço central de atendimento (call center) no final deste mês, para permitir consultas à distância e melhorar a comunicação com outras unidades sanitárias do país.

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A iniciativa foi anunciada pelo director da unidade sanitária, Carlos Alberto Masseca, quando falava na 13.ª Edição do CaféCIPRA sobre a “Problemática do Atendimento Humanizado no Sector da Saúde”, realizada no Centro de Imprensa da Presidência da República (CIPRA).

O novo serviço de atendimento marca também o início da telemedicina, para acompanhar principalmente os doentes que residem fora de Luanda. “Nem todos os doentes são de Luanda, nós precisamos de continuar a segui-los à distância”, disse.

Para garantir um bom serviço técnico e humanizado aos utentes, o Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre do Nascimento conta com um edifício completo para formação em diferentes áreas, como cardiologia, cirurgia cardíaca, pneumologia, neurocirurgia, imagiologia e cuidados intensivos, tendo já realizado cerca de 2000 acções de capacitação nos últimos dois anos.

“A formação abrange todos os aspectos que têm a ver com o atendimento das pessoas, aspectos técnicos e aquilo que faz a responsabilidade de cada um”, disse Carlos Masseca.

O director deu a conhecer ainda a abertura, há 10 dias, do primeiro curso de especialização em enfermagem no Serviço Nacional de Saúde. A formação, com 50 participantes maioritariamente internos, insere-se no programa de melhoria do atendimento.

Para Carlos Masseca, os resultados da capacitação dos técnicos têm sido visíveis, e permitiram à unidade hospitalar realizar 620 cirurgias cardíacas em dois anos, ultrapassando a média dos anos anteriores.

“Quando olhamos para este número, parece um número pequeno, mas eu posso utilizar indicadores próprios do nosso país. O Ministério da Saúde, em anos anteriores, já teve um projecto que fazia por ano cerca de 100 a 120 cirurgias. Nós, até final deste ano, estaremos muito próximos daquilo que fizeram em dez anos. Em menos de três anos, estaremos a ultrapassar estes números que foram atingidos anteriormente”, explicou.

De acordo com Carlos Masseca, a área de neurocirurgia está a dar uma reposta de quase 95 por cento, com 440 cirurgias já feitas. A nível dos cuidados intensivos, o Complexo Hospitalar é a única unidade que tem atendimento de neurocríticos.

A colocação de 'pacemarker' no coração, vulgarmente conhecido como 'pilha', a realização de cateterismos cardíacos, de broncoscopias e de biópsias guiadas por ecografia são alguns procedimentos únicos e de alta complexidade realizados na unidade hospitalar e destacados por Carlos Masseca.

“Há um conjunto de procedimentos que eram feitos no sector privado ou no exterior, que hoje são feitos no Serviço Nacional de Saúde (…). E quando nós damos respostas aos grandes problemas da população estamos também a humanizar a prestação de serviços”, concluiu o responsável.

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