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Sílvia Lutucuta diz que país precisa de mais de 1800 unidades sanitárias

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, informou que o país necessita de mais de 1800 unidades sanitárias, cujas 90 por cento para os cuidados primários de saúde, no sentido de fazer face às necessidades de cobertura dos serviços de saúde.

: Facebook Governo de Angola
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Intervindo, esta Terça-feira, na 13.ª edição do CaféCIPRA, a titular da pasta da Saúde apontou que só na província de Luanda o sector por si tutelado necessita de 660 unidades.

"Desse número, segundo a ministra Sílvia Lutucuta, a província de Luanda precisa de 660 unidades sanitárias, sem a inserção do Hospital de Cacuaco e de Viana, que já estão na fase de conclusão, e mais três unidades com a dimensão destes dois hospitais", lê-se num comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.

Na ocasião, a governante referiu que o sector regista uma diminuição de custos na compra de medicamentos, resultado do novo procedimento implementado pelo Ministério das Finanças. "Nós fazemos compras agrupadas, as pessoas fazem concurso público na plataforma electrónica do Ministério das Finanças e o grande ganho foi a redução de custos. Conseguimos reduzir 65 por cento daquilo que pagávamos antes no primeiro concurso", afirmou, citada no comunicado.

Sílvia Lutucuta também garantiu que o Governo se encontra a fazer investimentos em unidades hospitalares de todos os níveis, reiterando a "contínua aposta do Executivo para a melhoria dos cuidados primários de saúde, com a construção de novas unidades sanitárias, apetrechamento e inserção de 80 por cento dos profissionais no sector".

"As pessoas, às vezes, ficam com a falsa noção de que o investimento está a ser (feito) só nos grandes hospitais. Mas estamos a fazer investimentos a todos os níveis. E até podemos comparar o rácio de unidades sanitárias do terceiro nível com as do nível primário, através do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) que conta com 155 (unidades)", disse, citada num outro comunicado do Governo, a que o VerAngola teve acesso.

Destacou que do nível terciário já têm terminados seis novos grandes hospitais, sendo que este processo prossegue com a reabilitação, ampliação, construção de novas unidades sanitárias a nível de várias províncias.

Apontou ainda que, com a melhoria nos cuidados primários, os indicadores têm vindo a melhorar no que diz respeito ao combate às principais causas de mortalidade. "Os indicadores têm estado a melhorar, também, em relação à tuberculose ou HIV-SIDA, sobretudo na transmissão do HIV de mãe para filho", indicou, acrescentando que melhorou de forma considerável, de 25 para 70 por cento, o acesso aos cuidados primários.

Deixou ainda a garantia de estarem comprometidos com a formação dos recursos humanos visando a prestação de um serviço humanizado. "A humanização dos cuidados depende muito dos recursos humanos que nós temos, das condições para a prestação assistencial e de vários outros factores", afirmou.

"Nós temos uma população que tem estado a crescer três por cento ao ano. E, portanto, nós temos que alinhar as infra-estruturas e os recursos humanos a esse crescimento populacional. Além disso, temos o impacto negativo dos determinantes sociais e determinantes ambientais que, quando estão em desequilíbrio, podem aparecer", acrescentou.

Já no campo da prevenção, a ministra apontou "como prioridade a literacia em saúde, formação de quadros, melhoria das infra-estruturas e da logística de medicamentos, tecnologias de informação associada a melhor recolha de dados e também à comunicação", lê-se no comunicado.

Segundo Sílvia Lutucuta, nos últimos cinco anos, o sector teve um aumento "de mais de 40 por cento da força de trabalho", com o ingresso de 41 mil novos profissionais de diversas carreiras.

Quem também interveio no CaféCIPRA foi o director do Projecto de Formação da Saúde, Job Monteiro. Na ocasião, o responsável reafirmou que 38 mil profissionais vão ser formados e capacitados em várias áreas da saúde.

"Em função da necessidade de melhorar as capacidades desses profissionais, o programa emergencial irá formar 38 mil nas mais variadas categorias, nomeadamente três mil médicos, 18 mil profissionais da carreira de enfermagem, nove mil técnicos de diagnóstico terapêutico, quatro mil do regime geral e quatro mil de apoio hospitalar," disse.

Entre outros aspectos, também salientou que o Estado, "em colaboração com o Banco Mundial, beneficiou de um financiamento de 200 milhões de dólares para intervir principalmente em três componentes, sendo a primeira a de formação em todos os níveis, com uma alocação específica, onde 80 por cento do valor será direccionado aos cuidados primários de saúde", lê-se num comunicado.

Refira-se que a presente edição do CaféCIPRA teve como tema "Problemática do Atendimento Humanizado no Sector da Saúde", e, além de Sílvia Lutucuta e Job Monteiro, contou ainda com a presença do director geral do Complexo Hospitalar Cardio-Pulmonar Cardeal Dom Alexandre do Nascimento, Carlos Masseca, e da directora do Hospital Materno-Infantil Dr. Azancot de Menezes, Maria Mendes.

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