A aprovação decorreu na 4.ª Reunião Plenária Ordinária, que teve lugar na passada Sexta-feira e que foi encerrada pela Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, com uma declaração de felicitações e agradecimentos.
Na ocasião, Carolina Cerqueira exaltou o altruísmo dos pais adoptivos das três menores.
"Gostaria de exprimir felicitações e agradecimento aos pais adoptivos das três crianças, Rafaela Ferreira, Isabel Kieza e Alice Maria, pelo nobre gesto de altruísmo e de amor incondicional, que tem lugar hoje, no mês de Março, em que celebramos o dia da Mulher e o dia do Pai", apontou Carolina Cerqueira, que, citada num comunicado do parlamento, a que o VerAngola teve acesso, disse ainda que "tal gesto tem um significado muito especial para todos os deputados".
A presidente da Assembleia Nacional expressou, igualmente, "o desejo de que as crianças adoptadas continuem a ser aconchegadas com amor, carinho, respeito e com os cuidados que, infelizmente, nem todas as crianças têm ainda".
Também aproveitou para augurar que "lhes sejam incutidos valores e princípios para que no futuro sejam cidadãs nobres e exemplares", lê-se na nota.
No fim da sua intervenção, a líder parlamentar referiu que, "como representantes legítimos do povo, os deputados almejam que todas as crianças de Angola continuem a ser absoluta prioridade da família, do Estado e da sociedade".
A votação dos pedidos foi unânime e, conforme o comunicado, os documentos foram votados em separado tendo merecido "o aval positivo dos parlamentares".
João Tiago do Amaral Fonseca e Ana Paula Moura dos Santos Quelhas, ambos de nacionalidade portuguesa, são os requerentes da adopção de Alice Maria.
Segundo a Angop, a menor nasceu a 4 de Maio de 2018, e é filha de pais desconhecidos, que a abandonaram nos primeiros dias de vida, tendo acabado por ser acolhida pelo Centro de Acolhimento da Acção Social de Viana.
Já o requerimento de adopção de Isabel Kieza foi interposto por Rómulo de Santa Rita Vaz e Alves, de nacionalidade portuguesa, e Raquel Carina Oliveira de Sousa Capitão, de nacionalidade angolana.
A mãe de Isabel Kieza já morreu, pelo que a menor morava com o seu pai, que tem problemas com o álcool, acabando por ser abandonada na rua nos primeiros meses de vida, não se sabendo onde está o seu pai. O acolhimento de Isabel foi feito pelo Centro de acolhimento de Viana (Kikuxi), onde morou durante um ano.
Por fim, Luís Alexandre de Sá Abrantes, de nacionalidade portuguesa, e Denise Solavia da Cunha Ribeiro Abrantes, de nacionalidade angolana, eram requerentes da adopção de Rafaela Alexandra Ferreira, filha de Cláudia Lucinda Ferreira e de pai desconhecido.
Segundo a Angop, a mãe de Rafaela não possui condições a nível emocional e financeiro, não se contrapondo ao pedido de adopção, dando o seu consentimento para tal.
Refira-se que a menor, de cinco anos, está desde sensivelmente Julho de 2022 à guarda dos requerentes.