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País vai criar primeiro laboratório de biotecnologia para o café

O país encontra-se a preparar a criação do primeiro laboratório de biotecnologia para o café. O anúncio é de Francisco de Assis, ministro da Agricultura e Florestas, que considerou que a implementação desta infra-estrutura, com os seus recursos técnicos e de pessoal, permitirá alavancar de forma significativa a cafeicultura no país.

: Facebook Governo Provincial do Bengo
Facebook Governo Provincial do Bengo  

Segundo o ministro, que não avançou o tipo de programa, o ministério por si tutelado tem em desenvolvimento um vasto plano da cultura do 'bago vermelho' a nível nacional, com Malanje, Cuanza Sul, Bié, Huambo e Huíla a registarem enormes avanços neste domínio, sobretudo no que diz respeito ao café arábica, escreve a Angop.

O ministro – falando, esta Quinta-feira, na sessão de abertura da primeira conferência do café na província do Bengo – indicou ainda que o Instituto Nacional do Café de Angola (INCA) está a levar a cabo um leque de alterações visando a melhoria no apoio aos produtores de café.

Francisco de Assis também mencionou o intercâmbio de experiências com alguns países que produzem este grão. Neste quesito, disse ser imperativo redimensionar as fazendas no sentido de os activos terem capacidade de desenvolvimento, bem como dividir as áreas com os funcionários que deverão passar a ser vistos como colaboradores e parceiros.

Já em termos do Bengo, o ministro considerou que o modelo tem de ser adequado aos tempos actuais, visto que a cultura deste grão a nível provincial era anteriormente baseada na estrutura da época colonial e acrescentou: "Se não formos capazes de fazer isso, nossos rendimentos, tanto do ponto de vista cultural, como social e económico estarão comprometidos".

"O Bengo é sem dúvidas uma das províncias promissoras na produção do café a nível do nosso país, sobretudo no café robusta", considerou ainda o ministro da Agricultura e Florestas.

O titular da pasta da Agricultura e Florestas sugeriu igualmente a inserção dos jovens na cadeia do café, tendo ainda solicitado aos produtores de café a conservarem as plantas que após meio século ainda estão a produzir.

"Precisamos de trabalhar sobre esses exemplares (plantas), mantendo essa mesma genética, voltando a reclassificá-la para percebermos o quão valioso é o tesouro que temos nas mãos nesse domínio", afirmou, citado pela Angop.

De referir que o INCA pretende firmar colaborações com algumas universidades de Angola, visando a aquisição de mais conhecimentos acerca da cultura do café no país. Para o efeito, Vasco Gonçalves, director-geral do instituto, citado pela Angop, informou que já se rubricou um memorando de entendimento entre o INCA e diversos estabelecimentos de ensino superior, visando a promoção de consumo de café, bem como assuntos ligados à sua produção.

A conferência, segundo um comunicado do governo provincial do Bengo, visou a divulgação das "potencialidades da cultura do café robusta na província, bem como criar um espaço de intercâmbio de experiências entre cafeicultores locais e de outras províncias".

O evento contou com a participação de produtores de café, membros de cooperativas e especialistas na matéria. "Na qualidade de convidados estiveram presentes o embaixador da Sérvia, Milos Perisic, o embaixador de Israel, Shimon Solomon, os representantes dos Emirados Árabes Unidos, Cestino Panzo, do Governo do Líbano, Rayan Aidibi e da Câmara do Comércio de Angola-Argentina", refere a nota.

A conferência ocorreu subordinada ao lema "Revitalização do Café".

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