Para tal, Alfredo Rey, que não adiantou valores para o investimento, já pediu um terreno. Citado pela Angop, o empresário explicou que os primeiros passos se prendem com o reconhecimento de um local que tenha as condições necessárias para operar, seguindo-se contactos com os produtores locais sobre as raças mais produzidas, o método de produção e aproveitamento do animal, bem como o panorama do matadouro, câmaras de conservação e outras vertentes ligadas à cadeia.
Na ocasião, o argentino disse ainda possuir um grupo com parceiros, em que o objectivo passa por apostar na pecuária em solo angolano, cujo sector ainda pode crescer.
Segundo Francisco Barros Leonardo, administrador do município dos Gambos, o empresário "estima" obter, a nível local, mais de 2000 cabeças de gado para cruzar e tirar proveito de produtos como leite, carne, pele, etc.
O administrador – que aproveitou a ocasião para salientar que esta foi a primeira visita do argentino aos Gambos – mencionou igualmente o terreno para implementação da iniciativa. Citado pela Angop, disse haverem disponíveis 2099 hectares para investir neste domínio, estando já asseguradas as condições de segurança, energia e água.
Segundo o responsável, um documento com as condições que dispõem está em preparação. "Estamos a preparar o dossier completo das condições que temos, mas o investidor mostrou-se disponível em apostar nos Gambos, pois viu que o município é propício para a actividade agro-pecuária, daí a sua grande intenção", indicou.
Por seu turno, Domingos Kalumana, director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado da Huíla explicou que os contactos com o empresário ficaram consolidados depois de uma visita à província, em Outubro do ano passado, do embaixador argentino, tendo ainda reiterado que o investidor está interessado em apostar na província, mais concretamente na pecuária, produção de gado e derivados de lacticínios, tendo o gabinete procedido à identificação dos Gambos como um elevado potencial para o efeito.
