No âmbito da inauguração do projecto, o governador do Cuanza Norte, João Diogo Gaspar, explicou que a iniciativa vai não só fornecer serviços de Internet através do satélite nacional Angosat-2, como também fornecer energia eléctrica àquela comunidade.
"Inauguramos hoje [Sexta-feira] o primeiro site do Projecto Roaming Nacional 'Ilumina Angola'. Este site piloto foi erguido na zona de Maria Teresa, no município de Cambambe, que, além de levar o serviço de Internet através do Angosat-2, fornece energia eléctrica a esta comunidade rural, recorrendo a painéis fotovoltaicos, uma energia limpa e sustentável", lê-se na nota que o governador provincial partilhou na sua página de Facebook e a que o VerAngola teve acesso.
O governador provincial disse tratar-se de um primeiro passo e que mais aldeias beneficiarão deste projecto.
"Este é o primeiro passo, mais aldeias se irão beneficiar do projecto, que é uma iniciativa do Governo de Angola, através do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, em parceria com a Huawei", escreveu Diogo Gaspar.
Segundo um comunicado do Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, a zona da Maria Teresa foi a primeira a beneficiar deste projecto, que conta com o apoio directo da Huawei, "seguindo-se a localidade de Bula Tumba", no Bengo.
Com este lançamento, Angola ganha o "primeiro sistema a nível nacional que irá permitir o acesso aos serviços de voz e Internet por meio do roaming nacional em zonas de difícil acesso e com limitações no fornecimento regular de energia eléctrica".
A tutela esclarece ainda que o 'Ilumina Angola' diz respeito a "uma iniciativa do Executivo de apoio directo ao trabalho e serviços prestados pelos operadores de telecomunicações, que visa, além de outros, facilitar o acesso regular aos serviços de voz e dados usualmente oferecidos pelas operadoras, a um número maior de populares" no país.
Além de ajudar a melhorar o serviço de comunicações, o projecto também contribuirá para a melhoria do fornecimento de energia eléctrica. Isto porque, tendo em conta a suas características, o projecto vai usar o "excedente da energia eléctrica produzida pelos painéis solares fotovoltaicos, para beneficiar residências ao redor da zona em que os sites de comunicações estarão instalados, fornecendo energia eléctrica de forma regular".
No caso da localidade Maria Teresa, adianta a nota, aproximadamente 40 famílias beneficiarão de acesso regular a energia eléctrica.
Além da Huawei, esta iniciativa é também apoiada pelo Fundo de Apoio às Comunicações (FADCON), pela Angola Telecom, o Gabinete de Gestão Espacial Nacional (GGPEN), o Instituto Angola das Comunicações (INACOM) e a Infrasat.
Refira-se que, esta semana, Matias Borges, director nacional das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, disse que, depois do Cuanza Norte e do Bengo, a ideia é continuar a expansão deste projecto a outras localidades mais recônditas do país.
