Numa visita guiada de quase duas horas ao Museu Nacional de Omã, João Lourenço teve a oportunidade de se inteirar sobre o "modo como a sociedade omani fez o seu percurso de vida da antiguidade" até aos dias de hoje, refere o CIPRA, em comunicado a que o VerAngola teve acesso.
O momento não ficou em branco, tendo o Presidente da República escrito no livro de honra do museu.
"Foi com a mais elevada honra que tive a oportunidade de visitar o Museu Nacional de Omã, um espaço majestoso que conserva as memórias, os feitos e a história secular do povo omani, de que as gerações presentes e futuras podem extrair lições importantes para continuar a levar o vosso país no mesmo rumo certo que seguiu até aos dias de hoje", referiu.
João Lourenço apontou o facto de ter conseguido "conhecer mais de perto o longo percurso" de Omã: "Aqui, tive o privilégio de conhecer mais de perto o longo percurso feito por este grande país para se tornar uma Nação próspera e com perspectivas de desenvolvimento que a podem projectar como uma referência global em termos de esforço conjugado e bem-sucedido, para garantir o bem-estar do seu povo".
"Gostaria de aproveitar esta oportunidade para deixar uma mensagem de apreço e de encorajamento a todos aqueles a quem incumbe preservar este lugar comum, com o mesmo espírito de abnegação que esteve na génese deste apreciável e digno museu, onde cada visitante tem a oportunidade de desfrutar e conhecer a rica e vasta história do povo do Sultanato de Omã", completou.
O museu conta a história de como o povo de Omã conseguiu ser audaz e combater elementos da natureza hostis. "De um território dominado por elementos da natureza hostis, como o deserto e cadeias montanhosas por toda a parte, dificultando actividades humanas como a prática da agricultura, o povo de Omã soube ser resiliente e audaz, fazendo o seu caminho na procura de respostas e vias até alcançar o progresso", lê-se na nota do CIPRA, que acrescenta que o museu "mostra desde os mais rudimentares instrumentos e ferramentas feitos com ferro, madeira e argila, aos sofisticados implementos tecnológicos que permitiram extrair das entranhas do mar e da terra o precioso óleo negro (petróleo) que acelerou o desenvolvimento da economia do sultanato".
Pelo meio, é contada a aventura dos marinheiros portugueses que atracaram as "suas caravelas em costas omanis, ensaiando uma colonização efémera como, de resto, sucedeu em outros pontos" do mundo.
"Destacam-se também do conjunto de objectos que testemunham o caminho feito pelo povo de Omã as embarcações construídas por artesãos talentosos, com uma das quais um certo sultão, por exemplo, conseguiu viajar até Nova Iorque. Elas [embarcações] deixam também registo da vocação pesqueira do povo deste lugar", aponta ainda o comunicado.
Recorde-se que o Presidente da República iniciou, nesta Quinta-feira, uma visita de Estado de dois dias a Omã. Entre os pontos altos da jornada de trabalho naquele país, destaca-se o encontro entre João Lourenço e o Sultão de Omã, Haitian Bin Tarik Al Said, bem como a assinatura de acordos entre ambos os países.