Refira-se que, a vigorar desde 2018, o Estatuto da Carreira dos Agentes da Educação define entre 20 a 24 tempos lectivos por semana para cada agente da educação do ensino primário, primeiro e segundo ciclo do ensino secundário, um cenário que tem gerado presumível constrangimento aos professores, que afirmam tratar-se de uma medida desadequada, considerando o excesso de estudantes em salas de aulas, escreve a Angop.
Desse modo, avançou Guilherme Silva, esta é uma das questões em debate com a tutela, no âmbito do procedimento de revisão do estatuto actual, visando o seu ajuste às necessidades do processo de ensino e aprendizagem.
Em declarações à Angop, o responsável – que falava esta Terça-feira, no Luena (Moxico), onde está a desenvolver uma jornada de trabalho – expressou a inquietação da organização sindical acerca do excesso de estudantes em salas de aulas. Segundo o presidente do sindicato, há bastantes escolas em Angola com turmas compostas por mais de 70 alunos, considerando este cenário como um entrave para se atingir a qualidade de ensino.
Entre outros aspectos, mencionou ainda que o elevado custo de vida tem "corroído" a remuneração da classe, tendo proposto a diminuição do Imposto de Rendimento de Trabalho (IRT) visando contrabalançar a situação financeira dos professores. "Os professores do país estão desmotivados, porque o IRT está a fundar os nossos salários", disse, citado pela Angop.
