O interesse foi manifestado por uma delegação de empresários dos Emirados Árabes Unidos (EAU), que manteve um encontro, esta Segunda-feira, em Luanda, com o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis.
Na mira da delegação, segundo um comunicado do Ministério da Agricultura e Florestas, a que o VerAngola teve acesso, estão as províncias de Malanje, Bié, Cuando Cubango e as Lundas.
"A delegação, que é chefiada por um sultão do Dubai, mostrou-se interessada em investir nas províncias, de Malanje, Bié, Cuando Cubango e nas Lundas, precisando de 5000 hectares para produção de arroz e 500 hectares para a produção de abacate", lê-se na nota.
"Os investidores pretendem investir cerca de 30 milhões de dólares, o que poderá gerar aproximadamente 300 postos de trabalho directos e cerca de 1000 indirectos", acrescenta o comunicado.
Segundo os investidores, na "fase de maturidade do projecto" poderão alcançar entre 40 a 50 milhões de dólares.
Na ocasião, o titular da pasta da Agricultura e Florestas assegurou aos investidores "o apoio institucional da parte do Governo" no sentido de se materializar estes projectos, que têm em vista, essencialmente, três sectores: o sector privado, o governo e a agricultura familiar com agricultores locais.
Citado na nota, António Francisco de Assis disse estarem a "fazer todo o esforço" para relançar a produção de arroz no país. "Estamos a fazer todo esforço para o relançamento da produção de arroz no país e já começamos a ter bons sinais, mas ainda não é o suficiente, precisamos cada vez mais de investidores como a vossa empresa", afirmou.
Já o Sultan Aljaheri, também CEO da E20 Investiment do Dubai, disse que Angola possui "todas as condições" necessárias para implementação do projecto: "Acreditamos que Angola tem todas as condições para que possamos ajudar a desenvolver este sector", disse.
De acordo com o comunicado, a E20 Investiment do Dubai já tem no país, há mais de 90 dias, "especialistas em agronomia, que estão a realizar todo trabalho de prospecção" nas províncias supracitadas.