O posicionamento da CCE, expresso em comunicado divulgado esta Sexta-feira, surge face à "recorrência de agressões praticadas aos jornalistas por forças republicanas" do país e a onda de assaltos e intimidações de que os profissionais e o sindicato da classe têm sido alvos.
A sede nacional do Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA), em Luanda, foi assaltada duas vezes, entre Novembro e Dezembro corrente, por supostos marginais que levaram e posteriormente devolveram, no local, o computador do órgão.
Vários jornalistas queixaram-se anteriormente, de assaltos, agressões e intimidações, como o caso do secretário-geral do SJA, Teixeira Cândido, que diz ter recebido "mensagens intimidatórias".
O cenário "preocupante" porque passam os jornalistas levou o SJA a convocar uma marcha de protesto, agendada para este sábado, em Luanda, sob o lema "Quem Tem Medo da Liberdade".
A CCE expressa "total apoio ao SJA, na defesa da classe, cuja atividade exercida dentro dos marcos da lei representa "um pilar estruturante do Estado democrático e de direito, em construção há três décadas".
"O desígnio da liberdade de expressão e de informação plasmados nos direitos e deveres fundamentais da Constituição, efetiva-se com a liberdade de imprensa, fator condutor do jornalista, enquanto mediador da relação entre o povo e os poderes instituídos", refere-se no comunicado.