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Membros do Movimento de Estudantes Angolanos em greve de fome devido à paralisação das aulas

Três membros do Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) estão a realizar uma greve de fome, que vai esta Quarta-feira no segundo dia, face à greve de professores que decorre em todo o país desde Terça-feira.

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Pedro Kyanzueto, secretário de informação de Luanda do MEA, H de Ouro secretário nacional do Ensino Superior, e André Francisco 'Malcom X', secretário municipal do Cazenga, iniciaram Terça-feira uma greve de fome, que pretendem cumprir durante 15 dias.

Em declarações à agência Lusa, Pedro Kyanzueto disse que o objectivo é mostrar às autoridades competentes que os alunos estão a sofrer por falta de aulas.

Os professores cumprem esta Quarta-feira o segundo dia da segunda fase de uma greve, para protestar melhores condições sociais e de trabalho.

O estudante realçou que as provas estavam marcadas para a próxima semana e com a greve os alunos ficam prejudicados.

"Vamos estar prejudicados e é o que nos faz estar aqui novamente hoje a observar o segundo dia da greve", sublinhou.

O secretário para a informação de Luanda do MEA, estudante da 11.ª classe, do curso de ensino primário do Magistério, avançou que não foram até à presente data contactados por nenhuma entidade governamental, apenas a polícia que supostamente terá exigido que deixassem o local escolhido para a greve de fome, a Praça da Independência, também conhecida por Largo 1.º de Maio.

"Um dos nossos membros foi agredido por estar sentado no Largo 1.º de Maio, porque iria haver uma actividade. Os membros do MEA não poderiam estar aí, mas os outros podiam estar sentados e nós não, perguntamos o motivo e disseram que tínhamos de sair", referiu.

Segundo o estudante, resistiram ao apelo da polícia e permaneceram no local até ao fim do dia, acrescentando que o sentimento de insegurança os impede de permanecerem durante a noite.

Aos estudantes, o grupo pediu adesão à greve, e às autoridades, apela à sensibilidade, o diálogo entre as duas partes.

"Para que nós voltemos para as escolas, que é o nosso lugar e onde queremos estar. Porque entendemos, que não queremos ser os futuros mendigos, pedintes, neste país. Por força maior, cito a guerra, os nossos pais não puderam se formar e nós temos esse medo de não nos podermos formar e viver nas condições em que os nossos pais vivem", disse.

"Não somos estrangeiros, somos nacionais, e queremos ter uma educação que nos possa garantir um futuro melhor aqui no nosso país", salientou.

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