Após um desfile de delegadas das 18 províncias que, cantando e dançando, deixaram ofertas e expressaram o seu apreço pelo líder do partido reeleito, foi em tom de festa que João Lourenço fez o seu discurso de encerramento do VIII Congresso, destacando entre os pontos mais marcantes a paridade de género e maior representação juvenil.
O MPLA, que celebrou o seu 65.º aniversario, aprovou neste congresso uma nova composição do seu Comité Central, com alargamento a mais 196 membros, sendo 346 homens e 347 mulheres, e mais 35 por cento de jovens.
O líder do MPLA, reeleito com 98,04 por cento dos votos, também Presidente da República de Angola, agradeceu o empenho da Organização da Mulher Angolana, braço feminino do partido, e reforçou as palavras da sua dirigente, Joana Tomás, afirmando que "quem se meter com o MPLA tem de passar por cima das mulheres".
"O que não é fácil, porque passar por cima das mulheres é passar por cima das nossas mães e quem se atrever a passar por cima das nossas mães é amaldiçoado, não é?" disse o presidente aos militantes que assistiam na plateia e explodiram num sonoro e entusiástico coro de apitos.
Além da força das mulheres, João Lourenço declarou-se protegido com o vigor dos jovens e mostrou-se agradado com o ambiente festivo que marcou o final do dia no Centro de Conferências de Belas, quartel-general do MPLA em Luanda.
"Quem não gosta de festa? Todos gostamos", congratulou-se, apelando aos militantes que comecem a preparar "a próxima festa", a da vitória eleitoral, desde já.
"Vamos todos trabalhar na organização da próxima festa, que será a festa da vitória em Agosto de 2022. Essa festa de Agosto de 2022, já esta", exortou o líder partidário, merecendo nova aclamação.