Morador do Bairro Nzaki (do lado aposto à Urbanização Nova Vida), Autamiro estaria já a dormir quando foi surpreendido por um multidão que tentava arrombar o seu portão, relata o portal Angola 24 Horas. A agitação terá sido provocada pelo seu inclino e vizinho, que tentava escapar de uma briga em que estava envolvido. “O inclino foi seguido por pessoas que o queriam agredir. Começaram a atirar pedras e garrafas para o quintal e a fechar o portão”, contou Domingos Rafael, um vizinho.
Sendo também conhecido dos agressores, Autamiro tentou acalmar os ânimos da discussão, mas vendo que não conseguia controlar a situação, correu até ao destacamento policial do Nova Vida, junto às bombas de combustível da Pumangol, onde reportou os acontecimentos.
De acordo com populares, citados pelo Angola 24 Horas, Autamiro foi ouvido e acompanhado por quatro agentes da Polícia Nacional ao local dos incidentes, encontrando a polícia os indivíduos causadores da briga já imobilizados pela população. Apesar de tudo, segundo os relatos, um dos agentes terá começado a disparar indiscriminadamente.
“Não havia motivos para mais confusão. Quando a polícia chegou tínhamos tudo controlado, não percebemos a atitude do agente que começou a disparar sem direcção”, afirmou uma das testemunhas.
Dos cinco disparos efectuados pelo agente da Polícia Nacional de Angola, dois atingiram mortalmente Autamiro. Os familiares e mãe da vítima exigem agora justiça contra o oficial que tirou a vida ao jovem que, segundo relatos, só teria tentado ajudar.
