Na origem desta decisão está um despacho assinado pelo Presidente João Lourenço, de 14 de Dezembro e ao qual a Lusa teve acesso, que justifica a intervenção naquele hospital com o seu “avançado estado de degradação” e a “urgente necessidade de execução” do projecto, “para a melhoria da dignidade dos utentes e do pessoal clínico”.
O despacho autoriza a ministra da Saúde a avançar com a contratação do projecto e da obra daquela unidade - um dos maiores hospitais do sul de Angola - sem concurso público, “tendo em conta a impossibilidade de cumprimento das formalidades previstas para os restantes procedimentos de contratação pública”.
Para o efeito, o chefe de Estado, que em Julho visitou aquela unidade, na capital da província da Huíla, autorizou uma despesa de 27,5 milhões de dólares para o projecto e para as obras de reabilitação.
Entre 2006 e 2008, aquele hospital, cuja construção decorreu no período colonial português, recebeu obras de beneficiação no valor de 48,6 milhões de dólares, executadas pela empresa chinesa Sinohydro e que permitiram, nomeadamente, ampliar a capacidade, que passou de 340 para 500 camas.
Segundo a ministra da Saúde, Sílvia Lutukuta, apesar desta reabilitação, há necessidade de realizar nova intervenção, tendo em conta que não foi feita a manutenção necessária durantes os últimos dez anos.
Além disso, acrescentou a ministra da Saúde em Julho, durante a visita do Presidente da República ao hospital, ficaram por concretizar a construção dos centros de oncologia, de hemodiálise, a maternidade e a pediatria, obras incluídas no programa inicial das obras concluídas em 2008.