"Através desta contribuição, a Alemanha oferece suporte à resposta do ACNUR em termos de proteção aos refugiados, como por exemplo a condução do registo de forma individual e a emissão de documentos de registo; resposta a necessidades imediatas; e o desenvolvimento de parcerias para inclusão e soluções", lê-se num comunicado enviado à imprensa por aquele órgão das Nações Unidas.
Os fundos, alocados pela Alemanha a 20 de Novembro, mas só agora anunciados, devem ser utilizados até 31 de Dezembro de 2020.
Na nota enviada à imprensa, a ACNUR agradeceu o apoio alemão na "resposta de refugiados na região, incluindo Angola".
Em Novembro, um relatório noticiado pela Lusa referia que Angola recebia um número elevado de migrantes e requerentes de asilo, fundamentalmente da África Ocidental.
Segundo o mesmo documento, a generalidade dos fluxos migratórios tinha origem na República Democrática do Congo, país vizinho.
Durante o mesmo mês, a organização não-governamental (ONG) Human Rights Watch (HRW) apontou para progressos em várias áreas em Angola, mas a mesma instituição defendeu a "suspensão imediata" de refugiados congoleses por parte do país lusófono.
"O Governo angolano deve imediatamente suspender a deportação de refugiados da RDCongo e levar a cabo uma investigação rápida e imparcial sobre os alegados abusos das forças de segurança do Estado", constava no comunicado divulgado pela HRW, em 15 de Novembro.
De acordo com a ONG, mais de 400 mil pessoas foram "expulsas à força ou fugiram" de Angola durante o mês de Outubro, no seguimento de uma operação que visava combater a exploração de diamantes ilegal na província de Lunda Norte.