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Inflação em Angola trava em Novembro mas ainda ronda os 25 por cento a um ano

A taxa de inflação em Angola acelerou 1,02 por cento entre Outubro e Novembro, o valor mensal mais baixo do último ano, mas com o acumulado a 12 meses ainda a rondar os 25 por cento, longe das previsões do Governo.

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De acordo com o relatório mensal do Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o comportamento da inflação, divulgado esta Quarta-feira, este registo contrasta com o pico de 2017, entre Setembro e Outubro, período em que os preços no país aumentaram 2,39 por cento.

O pico da inflação mensal nos últimos anos registou-se em Julho de 2016, quando, no espaço de um mês, segundo o INE, os preços registaram um aumento médio de 4 por cento.

Entre Janeiro e Dezembro de 2016 (12 meses) os preços subiram praticamente 42 por cento, segundo os relatórios anteriores do INE com o Índice de Preços no Consumidor Nacional (IPCN).

No total de 12 meses até Junho de 2017, a inflação acumulada tinha descido para 30,5 por cento, caiu em Julho para 27,29 por cento e estabilizou, em Agosto e Setembro (a um ano), ligeiramente acima dos 25 por cento. Em Novembro, igualmente na contabilização acumulada, a 12 meses, a taxa de inflação desceu para os 24,70 por cento, refere o IPCN.

O documento não adianta explicações para esta quebra nos preços, que se verifica num período de forte consumo, devido à aproximação do período festivo.

As subidas de preços no último mês foram lideradas pelas províncias da Lunda Sul (1,82 por cento), Lunda Norte (1,70 por cento), Huambo (1,59 por cento), Moxico (1,54 por cento) e Cuanza Sul (1,52 por cento), enquanto as províncias com menor variação foram as de Benguela e Luanda (1,02 por cento), Cunene (1,05 por cento), Zaire (1,08 por cento), além do Cuando Cubango e da Huíla (1,50 por cento).

A subida de preços em Novembro foi influenciada sobretudo pelos sectores "Vestuário e Calçado", com 1,99 por cento, "Lazer, Recreação e Cultura", e "Mobiliário, Equipamento Doméstico e Manutenção", com ambos com 1,62 por cento, e "Bebidas Alcoólicas e Tabaco", com 1,38 por cento.

O valor da inflação a um ano continua num registo muito superior à previsão de 15,8 por cento para o período entre Janeiro e Dezembro que o Governo inscreveu no Orçamento Geral do Estado de 2017.

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